Fresco, cozido, curado, defumado, fabricado com leite de vaca, de cabra, de ovelha, de búfala. No dia 20 de janeiro, é comemorado o Dia Mundial do Queijo, iguaria que está presente na culinária mundial, do café da manhã ao jantar.
A produção de queijos artesanais está em plena expansão de Norte a Sul do Brasil. Para garantir a inspeção sanitária, a qualidade e a segurança do produto, o governo criou um selo que garante um produto certificado da ordenha ao consumidor.
Dia Mundial do Queijo: Selo Artesanal
O Selo Arte foi criado para assegurar que o produto alimentício de origem animal é elaborado de forma artesanal, garantindo formalização da atividade, possuindo características tradicionais, regionais e culturais. Agora com o selo, os produtos podem ser comercializados em todo o território nacional.
A Portaria n° 531 de 2022, trouxe regras de como o município solicita a concessão, o modelo a ser seguido conforme a legislação junto ao Ministério da Agricultura.
Cursos de queijos artesanais
Com a demanda crescente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) ensina em cursos gratuitos presenciais, online, cartilhas e vídeos como fazer a produção e comercialização de queijos artesanais. Os conteúdos trabalham características dos tipos de queijos nacionais e internacionais e a legislação do mercado para agroindústria.
Entre os temas estão: boas práticas agropecuárias na produção de queijos artesanais; assistência técnica e gerencial para agroindústria artesanal; boas práticas de fabricação; como obter o selo Arte, gestão e gerenciamento da agroindústria; indicação geográfica; assistência técnica e gerencial.
O curso online que a entidade oferece tem acesso pelo link https://ead.senar.org.br/cursos/queijos-artesanais-do-brasil, além de mais conteúdos virtuais https://cnabrasil.org.br/senar/colecao-senar/videos e também cursos presenciais através dos Sindicatos Rurais presentes nos municípios.
Origem
Os queijos, produtos resultantes da coagulação do leite, surgiram há mais de 8000 a.C. logo depois da domesticação de bovinos, ovinos e caprinos quando surgiu o consumo do leite, e também a necessidade de conservar o leite, sendo o leite coalhado um ancestral do queijo, que foi desenvolvido mais tarde, após o conhecimento do coalho e da fermentação.
Um dos primeiros povos a fazerem isso foram os egípcios, depois os primeiros europeus que produziram queijo foram os gregos. Mais tarde, os romanos começaram a utilizar o queijo, que se tornou importante em suas refeições. Com o crescimento do Império Romano, houve a divulgação do queijo.
Já no Brasil, os primeiros registros de fabricação de queijo no Brasil remontam ao século XVIII. Hoje há uma gama de diferentes sabores, formatos, aromas e texturas. As características de produção são influenciadas diretamente pelo consumidor, relevo, clima, flora e genética do rebanho presente em solo brasileiro e por isso o Brasil tem tantas criações originais.
Entre as mais populares: queijo prato, queijo minas, colonial, coalho, canastra, requeijão e tantos outros que elevaram o Brasil a referência mundial na produção de queijos.
Produção de queijos no Brasil
O Brasil é considerado o quarto maior mercado mundial de queijos, atrás apenas da União Europeia, dos EUA e da Rússia. Por outro lado, o consumo per capita nacional de queijo é de 3,8 kg/ano, muito abaixo da média de 20 kg/ano dos dez maiores consumidores mundiais.
De acordo com o Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), do volume de 1,2 milhão de toneladas de queijo produzidas no Brasil, em 2020, cerca de 40% do total tem Minas Gerais como origem. O Brasil tem cerca de 175 mil produtores de queijo, sendo mais de 140 mil agricultores familiares.