O grupo Alimentação e bebidas, um dos mais relevantes para o setor agropecuário, voltou a registrar queda no IPCA-15 de julho, com retração de 0,06%.
Esse é o segundo mês seguido de recuo nos preços médios dos alimentos, após variação negativa de 0,02% em junho, o que contribuiu para conter o avanço da inflação no mês.
IPCA de julho

O recuo foi puxado principalmente pela redução nos preços de produtos agrícolas básicos, como batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%), itens de forte presença na mesa do consumidor e que têm impacto direto na renda de produtores e distribuidores do setor.
Por outro lado, o tomate, que havia recuado em junho, subiu 6,39% no mês de julho.
A alimentação no domicílio teve queda média de 0,40% no período, aliviando o orçamento das famílias e refletindo, em parte, a dinâmica da produção agrícola e o comportamento dos custos logísticos e climáticos recentes.

Apesar da deflação nos alimentos, o IPCA-15 geral teve alta de 0,33% no mês, puxado por aumentos em setores como habitação e transportes.
No acumulado de 2025, o índice já soma 3,40%, com inflação em 12 meses atingindo 5,30%.
Os dados foram divulgados na última sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e reforçam a importância do desempenho do agronegócio na formação dos preços ao consumidor.