Em janeiro de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma queda histórica para 0,16%, a menor taxa registrada para esse mês desde o início do Plano Real, em 1994.
Com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o índice ficou 0,36 ponto percentual (p.p.) abaixo do valor de dezembro (0,52%), e com isso, o acumulado dos últimos 12 meses foi reduzido para 4,56%.
Queda histórica do IPCA
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Os dados apontam que a redução no preço da energia elétrica residencial, que caiu 14,21%, foi o principal fator para o desempenho negativo do IPCA de janeiro, com um impacto de -0,55 p.p.
O grupo de Habitação, que inclui a energia elétrica, registrou uma queda de 3,08%, impactando o índice em -0,46 p.p. Por outro lado, os preços no setor de Transportes subiram 1,30%, o que contribuiu com 0,27 p.p.
Já o grupo alimentação e bebidas teve seu quinto aumento consecutivo, com uma variação de 0,96%, impactando o IPCA em 0,21 p.p. O preço da alimentação dentro de casa subiu 1,07%, sendo puxado pelas altas no preço da cenoura (36,14%), tomate (20,27%) e café moído (8,56%). Em contrapartida, a batata-inglesa (-9,12%) e o leite longa vida (-1,53%) apresentaram queda.
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A alimentação fora de casa desacelerou, passando de uma alta de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro, com as variações no lanche (0,94%) e refeição (0,58%) sendo menores que as de dezembro (0,96% e 1,42%, respectivamente).
Entre as 16 cidades monitoradas pelo IBGE, a maior variação foi registrada em Aracaju, com uma alta de 0,59%, devido ao aumento nas passagens aéreas (13,65%). Já a menor variação foi observada em Rio Branco, que teve uma queda de -0,34%, influenciada pela redução no preço da energia elétrica (-16,60%).
Além disso, cinco cidades apresentaram variações negativas no IPCA de janeiro, sendo Goiânia (-0,03%), Porto Alegre (-0,03%), São Luís (-0,08%), Curitiba (-0,09%) e Rio Branco (-0,34%).