O mercado pecuário encerrou o mês de julho com negociações estáveis, refletindo um equilíbrio sólido entre oferta e demanda no cenário local. De acordo com pesquisadores do Cepea, a combinação de escalas já reservadas com animais em confinamento tem levado a uma busca cautelosa por novos lotes no mercado spot.
Essa estratégia permite que a indústria evite novos ajustes nos preços da arroba, especialmente em um momento de oferta reduzida, enquanto aguarda definições nas vendas domésticas de carne.
No curto prazo, há uma expectativa moderada de aumento no consumo, alimentada por agentes da indústria em função da proximidade do Dia dos Pais. No entanto, até o momento, não foram observadas mudanças significativas no segmento varejista.
Em relação aos números, até o dia 30 de julho, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 apresentou uma alta de 3,3%, fechando a R$ 232,60. Essa valorização indica uma tendência positiva no mercado, apesar da cautela nas negociações.
Mercado Pecuário: tendência positiva no mercado de Suíno
Além disso, os levantamentos do Cepea revelam que os preços médios mensais do suíno vivo e da carne estão em alta há três meses consecutivos. Em julho, até o dia 30, a média do preço dos suínos vivos atingiu o seu maior patamar desde abril de 2021, em termos reais (após ajustes pelo IGP-DI de junho de 2024) em diversas praças analisadas.
Essa elevação é impulsionada pela crescente demanda por novos lotes de suínos para abate, tanto para o mercado interno quanto para o externo.
No que diz respeito às exportações, os dados da Secex mostram que a média diária nos primeiros 20 dias úteis de julho foi de 5,2 mil toneladas de carne suína in natura, o que representa um aumento de 10,5% em relação ao mês anterior e um crescimento de 15,7% em comparação ao mesmo período de 2023.
Se essa tendência se mantiver, julho poderá estabelecer um novo recorde de volume exportado, com a expectativa de atingir 119,3 mil toneladas embarcadas, considerando toda a série histórica da Secex, que teve início em 1997.