O petróleo terminou o ano representando 13,3% das exportações do Brasil em 2024. Sendo assim, o produto superou a liderança da soja e as vendas de óleo alcançaram US$ 44,8 bilhões.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2024, 71,5% do petróleo produzido no Brasil teve origem nos campos do pré-sal, percentual que chegou a 80,3%.
Petróleo como principal produto exportado
A produção no pré-sal foi crucial para consolidar o petróleo como o principal item das exportações brasileiras. Os campos de Tupi, Búzios e Mero, situados na Bacia de Santos, foram responsáveis por 69% da produção no pré-sal. Tupi, o maior campo do Brasil, registrou uma produção de 1,1 milhão de barris diários no terceiro trimestre de 2024.
O pré-sal, descoberto em 2006, representou um marco para a autonomia energética do Brasil. Desde o início da perfuração no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, em 2008, o país se firmou como um relevante produtor de petróleo leve e de alta qualidade.
A profundidade dos reservatórios varia entre 5.000 e 7.000 metros, e a Petrobras desenvolveu tecnologias inovadoras, como a aquisição sísmica 4D, que usa ondas ultrassônicas para mapear os reservatórios, além de soluções para reinjeção de CO² nos campos, contribuindo para a redução das emissões de gases do efeito estufa.
Atualmente a exploração no pré-sal segue o regime de partilha, sendo assim, a produção é dividida entre as empresas e a União. Em 2024, a estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) obteve R$ 10,32 bilhões com a venda de petróleo e gás natural, um crescimento de 71% em relação ao ano anterior. Projeções ainda indicam que o pré-sal poderá gerar até R$ 506 bilhões em receitas para a União até 2034.
Áreas de exploração
Com o pico de produção do pré-sal projetado para a década de 2030, a Petrobras e outras empresas do setor estão em busca de novas fronteiras de exploração.
A margem equatorial, no litoral norte do Brasil, e a Bacia de Pelotas, no sul, são áreas de interesse, por conta das condições geológicas semelhantes às de regiões produtoras na África e no Uruguai.
Até 2029, a Petrobras planeja investir US$ 79 bilhões na exploração dessas novas áreas.