Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Brasil tem 1.253 espécies da fauna em risco de desaparecer. Essas espécies pertencem aos sete biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Marinho.
Entre as espécies que estão na situação mais crítica, estão o réptil jararaca-de-alcatrazes, o mamífero aquático boto-cachimbo e a ave soldadinho-do-araripe. Esses animais são endêmicos, ou seja, só existem em uma determinada região do país. Por isso, a sua conservação é fundamental para a biodiversidade brasileira.
Plataforma Salve
O ICMBio lançou, nesta semana, a plataforma Salve, que reúne as informações do Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira. A plataforma permite consultar as fichas técnicas de 5.513 espécies, com mais de 150 mil páginas, no total. Além disso, a plataforma mostra quais são as categorias de risco de cada espécie: vulnerável, em perigo e criticamente em perigo.
O presidente do ICMBio, Mauro Pires, afirmou que o objetivo da plataforma é contribuir para manter a biodiversidade brasileira e evitar a extinção das espécies. “ICMBio produz informação e capitanear parcerias para reduzir o número de espécies ameaçadas” comenta.
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, elogiou a iniciativa do ICMBio e ressaltou que a “plataforma será uma importante ferramenta de consulta dos técnicos do Ibama” destaca. O órgão é responsável por conceder ou não o licenciamento ambiental a empreendimentos no território nacional.
Rodrigo Agostinho defendeu o trabalho integrado de Ibama, ICMBio e órgãos municipais e estaduais de fiscalização ambiental para coibir erros. “Órgãos estaduais de licenciamento precisam conhecer não só quais são as espécies ameaçadas naquele estado, mas onde elas estão” finaliza.