As exportações de carne bovina brasileira tiveram queda expressiva em abril deste ano, tanto em volume quanto em receita, segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), divulgados nesta segunda-feira (8/5).
- Incluindo vendas externas da proteína in natura e processada, a receita alcançou US$ 626,9 milhões, queda de 43% frente aos US$ 1,104 bilhão de abril de 2022.
O volume das exportações também caiu 25% ficando com 140.709 toneladas em abril deste ano, contra 186.565 toneladas em abril de 2022.

Exportações de carne bovina em 2023
No acumulado de 2023, de janeiro a abril, as exportações caíram 28% em receita e 12% em volume com relação ao mesmo período do ano passado.
- A queda nas exportações está ligada com a diminuição das importações pela China, que comprou 344.270 toneladas de carne bovina brasileira, de janeiro a abril de 2022, gerando receita de US$ 2,233 bilhões.
Já nos quatro primeiros meses deste ano, a receita foi de US$ 1,326 bilhões. O país asiático comprou 269.136 toneladas, ou seja, queda de 40% em receita e 22% em volume.
Cotações
Os preços médios também tiveram queda expressiva, passando de US$ 5.916 em abril de 2022 para US$ 4.455 em abril de 2023, redução de 24,7%. No acumulado deste ano, os valores médios caíram 18%, passando de US$ 5.486 para US$ 4.506.

Destinos da carne bovina brasileira
Além da China, que é o principal comprador de carne bovina do Brasil, os Estados Unidos ocupam a segunda colocação. De janeiro a abril deste ano, o país comprou 75.241 toneladas, gerando US$ 333 milhões, queda de 23,7% comparado à 2022, quando comprou no mesmo período, 79.198 toneladas com caixa de US$ 436,5 milhões.
O Chile também apresentou redução passando de US$ 128,2 milhões para US$ 120 milhões, queda de 6,4%. O volume de exportação de 25.757 toneladas para 25.431 toneladas também teve uma redução de 1,3%.
O Egito também diminuiu as compras da proteína bovina brasileira em 2023, que chegou a 33.071 toneladas, queda de 40,2% frente as 55.273 toneladas adquiridas em 2022. A receita passou de US$ 211,4 milhões no ano passado, para US$ 117,6 milhões este ano, redução de 44,4%.
Enquanto 65 países aumentaram suas compras do Brasil, outros 74 reduziram as importações, o que pode ter impactos significativos na economia do país.