O mercado de trabalho do setor agropecuário registrou importantes movimentações em julho de 2025, com algumas culturas puxando a geração de empregos, enquanto outras apresentaram forte retração, com base nos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Conforme o relatório, o destaque positivo do mês foi o cultivo de soja, que abriu 2.725 novas vagas, consolidando-se como uma das atividades mais relevantes na absorção de mão de obra no campo.
Geração de empregos no setor agropecuário

Outro segmento que contribuiu de forma expressiva foi o cultivo de alho, responsável pela criação de 2.699 postos de trabalho.
A produção de laranja também teve impacto significativo, somando 2.329 contratações. Já o algodão herbáceo garantiu 1.714 novos empregos e o melão acrescentou outras 1.508 oportunidades ao saldo do período. Esses resultados mostram a diversidade das atividades que impulsionaram o setor, revelando a força de diferentes cadeias produtivas na geração de renda no meio rural.
Entretanto, nem todas as culturas tiveram desempenho favorável. O café apresentou a maior queda, com a eliminação de 7.738 vagas, refletindo os efeitos de fatores como variações sazonais e ajustes no ciclo produtivo.

Além disso, também registraram perdas o cultivo de dendê (-843), a produção de sementes certificadas que não incluem forrageiras para pastagens (-484), além das lavouras de maçã (-398) e de mamão (-311).
Portanto, o contraste entre os segmentos com saldo positivo e aqueles em retração evidencia a dinâmica própria da agropecuária brasileira, em que condições climáticas, ciclos de colheita e oscilações de mercado definem o ritmo de contratações e desligamentos.