Em janeiro de 2025, o volume de serviços no Brasil registrou uma leve retração de 0,2% em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal.
Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o recuo segue um mês de estabilidade (0,0%) em dezembro de 2024. No entanto, o setor permanece 15,9% acima dos níveis pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 1,1% abaixo do pico histórico, alcançado em outubro de 2024.
Volume de serviços

O setor agropecuário, um dos mais impactados diretamente pelos serviços, também refletiu esse cenário. Enquanto a agroindústria viu avanços em algumas áreas específicas, o impacto geral nos serviços foi negativo, com destaque para o segmento de transportes, que afeta diretamente a logística de produtos agropecuários.
O transporte de cargas, essencial para a distribuição de produtos agrícolas, apresentou uma queda de 0,7% em janeiro, resultando em uma perda acumulada de 3,3%. Apesar disso, esse setor ainda está 30,9% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas segue 8,9% abaixo do ponto mais alto da série, em julho de 2023.
O transporte rodoviário de cargas, que abrange grande parte da logística do agro, sofreu uma diminuição significativa. A menor receita no transporte rodoviário impactou diretamente o escoamento de produtos como grãos, carne e outros produtos essenciais para o agronegócio. Esta variação negativa influencia a rentabilidade e o custo das cadeias produtivas agrícolas.
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Impacto regional no setor agropecuário

De maneira regional, o volume de serviços caiu em 17 das 27 unidades da federação, com destaque para estados como Minas Gerais (-1,7%) e Pernambuco (-4,5%), que possuem grande produção agropecuária, especialmente no setor de grãos e pecuária.
Por outro lado, o estado de São Paulo, um dos maiores centros agrícolas do Brasil, teve um pequeno aumento de 0,9%, refletindo a recuperação parcial de atividades logísticas e de apoio ao agronegócio, embora o impacto do transporte de cargas tenha limitado um crescimento mais expressivo.