Teve início nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), um dos principais encontros globais voltados à definição de metas e estratégias para enfrentar os efeitos do aquecimento global.
A capital paraense, que sedia o evento, é também objeto de um estudo do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que analisou tendências e extremos climáticos registrados nas últimas décadas.
Chuvas mais intensas e aquecimento constante na cidade da COP30

Os dados mostram transformações consistentes nas variáveis meteorológicas locais, com aumento expressivo tanto nas chuvas quanto nas temperaturas, um alerta que reforça a importância de decisões baseadas em evidências científicas.
De acordo com a série histórica da estação meteorológica do INMET em Belém, que cobre o período de 1961 a 2025, as anomalias anuais de precipitação e temperatura vêm apresentando elevação significativa.
Desde 2009, os volumes de chuva têm ficado, na maior parte dos anos, acima da média climatológica (1991–2020), com poucas exceções, como 2010, 2023 e 2025.

O número de dias com chuvas extremas, que antes variava entre 5 e 15 por ano, passou a oscilar entre 15 e 20 a partir de 2004, ultrapassando 25 dias em 2020, sinal de maior frequência e intensidade de eventos severos.
As temperaturas seguem a mesma tendência. Desde 2010, as anomalias vêm se mantendo positivas, com 2024 registrando o maior desvio da série: mais de 1,5 °C acima da média. O cenário confirma o aquecimento e a intensificação das chuvas na região ao longo das últimas seis décadas.
A coincidência entre o início da COP 30 e a divulgação dessas análises evidencia o papel estratégico da Amazônia nas discussões globais sobre o clima.
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