O Brasil propôs nessa segunda-feira (5/02) a discussão sobre o impacto do tabagismo no meio ambiente durante o primeiro dia da 10ª Conferência das Partes da Convenção Quadro do Tabaco (COP10).
A estratégia que foi considerada inovadora pelos observadores, pode ser tornar um dos assuntos que devem integrar na agenda de questões climáticas.
Impacto do tabagismo no meio ambiente

Na reunião integrada por países que ratificaram o tratado internacional, como o Brasil, a COP10 é uma oportunidade para discussão de questões consideradas prioritárias na prevenção e combate ao tabagismo e de estratégias para que as metas sejam atingidas.
Após um interrupção de cinco anos, o programa voltou a ser presencial e deve permanecer até o próximo sábado (10/02) na cidade de Panamá, no qual um dos pontos de destaque foi a proposta realizada pela delegação brasileira.
Conforme o apresentado, a maior parte dos cigarros contém material plástico no filtro, o que leva anos para se decompor. Sendo assim, os microplásticos ligados às bitucas são consumidos pelos animais que vivem no mar, sem contar sobre os efeitos provocados pelo descarte dos dispositivos eletrônicos.
Até o momento a sugestão da equipe brasileira foi apoiada pelo Panamá e Equador em reuniões preparatórias. O tema meio ambiente também integra o artigo 18 da Convenção Quadro do Tabaco, que trata da proteção ao meio ambiente e à saúde das pessoas.
Para a diretora presidente da ACT Promoção da Saúde, Monica Andreis, a nova proposta do Brasil deve propiciar mais informações sobre o impacto do tabagismo no mundo.
“Os prejuízo provocados à saúde do fumante e de pessoas que estão próximas já são conhecidos […]. O Brasil tem um centro de conhecimento no Rio de Janeiro sobre os artigos 17 e 18 da convenção que se dizem respeito à produção do fumo e proteção ao meio ambiente, que hoje está amis voltado para a área de diversificação do tabaco, que também é fundamental”, ressaltou Andreis.
Redes Sociais

Além do tabagismo, outros pontos também prioritários devem entrar na pauta de discussão da COP. Entre os destaques estão a publicidade nas redes sociais de dispositivos eletrônicos de fumar e produtos com tabaco e nicotina, como as promoções e divulgações de produtos nas redes, que acometem principalmente o público jovem.
O grupo de trabalho da equipe brasileira formado a partir da COP9, apresentou algumas propostas para o enfrentamento do problema, que entre elas seja criada uma maior cooperação para identificar atividades e aplicar punições. Os demais integrantes do grupo devem sugerir ainda a realização de estudos para mensurar o impacto dessas ações.