Setembro registrou padrões de precipitação bastantes distintos pelo país, com regiões apresentando volumes muito acima ou abaixo da média histórica.
No Norte, os maiores acumulados concentraram-se na porção oeste, principalmente no sudoeste e centro do Amazonas e no oeste do Acre, onde os volumes ultrapassaram 150 mm.
Padrões de precipitação

Com base no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esse cenário está ligado à atuação de instabilidades convectivas locais e ao transporte de umidade do Atlântico Norte para o continente, favorecendo chuvas intensas.
Entre as estações meteorológicas da região, Feijó (AC) destacou-se com 213,2 mm, seguida por Manicoré (AM) com 178,6 mm e Novo Aripuanã (AM) com 171,6 mm. Em contraste, áreas como o norte de Roraima, Amapá, Baixo Amazonas, Marajó, nordeste do Pará e sul do Tocantins registraram menos de 40 mm, sendo que Breves (PA) registrou apenas 4,2 mm, valor 94,5% inferior à média histórica.
Na Região Nordeste, os maiores volumes concentraram-se no litoral leste, especialmente em Alagoas, Pernambuco e Sergipe, com acumulados superiores a 70 mm. A estação de Arcoverde (PE) registrou 73,3 mm, correspondendo a 272% acima da média histórica. Já o interior nordestino teve predominância de tempo seco, com precipitações abaixo de 40 mm.
O Centro-Oeste apresentou os menores registros de chuva no centro-sul do Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e centro-norte do Mato Grosso do Sul, com valores inferiores a 40 mm. Padre Ricardo Remetter (MT) registrou apenas 1,9 mm, 95,7% abaixo da média histórica.

Entretanto, em áreas do extremo norte do Mato Grosso, centro-sul de Goiás e extremo sul do Mato Grosso do Sul, os volumes superaram 40 mm, como em Itumbiara (GO), que acumulou 45,8 mm, 147,6% acima da média.
No Sudeste, a maior parte de Minas Gerais e São Paulo registrou menos de 40 mm de chuva. A estação de Jales (SP) marcou apenas 1,8 mm, correspondendo a 97% abaixo da média histórica. Já no litoral sul de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, os acumulados superaram 50 mm, com Linhares (ES) registrando 82,6 mm, 207% acima da média climatológica.
A Região Sul teve volumes mais expressivos, com a maioria das áreas acima de 70 mm. Os maiores acumulados, acima de 150 mm, concentraram-se no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, com Alegrete (RS) registrando precipitação 103,5% acima da média histórica. No extremo norte de Santa Catarina, no entanto, os acumulados ficaram abaixo de 40 mm.