A China anunciou, nesta segunda-feira (3), a suspensão das importações de carne bovina de três frigoríficos brasileiros, conforme informações da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
O embargo, que não tem prazo definido para ser encerrado, foi motivado por supostas “não conformidades” identificadas durante inspeções realizadas pelas autoridades alfandegárias chinesas.
Suspensão da importação de carne bovina

A medida afeta unidades da JBS, em Mozarlândia (GO), da Frisa, em Nanuque (MG), e da Bon Mart, em Presidente Prudente (SP), de acordo com reportagens da imprensa brasileira.
A Abiec informou que as empresas já foram notificadas e estão tomando providências para atender às exigências chinesas. O Ministério da Agricultura também foi comunicado sobre a decisão.
Além do Brasil, frigoríficos de outros países, como Argentina, Uruguai e Mongólia, também foram impactados pela mesma determinação.
O Brasil, que lidera as exportações de carne bovina para o mercado chinês, enviou 1,1 milhão de toneladas do produto para o país asiático no ano passado, enquanto o total importado pela China em 2024 foi de 2,7 milhões de toneladas.
No fim do ano passado, Pequim iniciou uma investigação sobre as importações de carne bovina, com o objetivo de avaliar possíveis salvaguardas para proteger os produtores locais. O Brasil está entre os países analisados.
Em resposta, autoridades brasileiras argumentam que as exportações não prejudicam a produção chinesa, que cresce a uma média de 4% ao ano.
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Veja a nota da Abiec
“A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) realizou auditorias remotas em três estabelecimentos exportadores de carne bovina do Brasil, dois da Argentina, um do Uruguai e um da Mongólia, este último referente às carnes bovina e ovina. Em todos os casos, foram identificadas não conformidades em relação aos requisitos chineses para o registro de estabelecimentos estrangeiros.
Seguindo a regulamentação vigente, o GACC determinou a suspensão temporária das importações desses estabelecimentos a partir de 3 de março de 2025. As empresas envolvidas já foram notificadas e estão adotando medidas corretivas para atender às exigências da autoridade sanitária chinesa.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), segue em diálogo com as autoridades competentes para garantir a rápida resolução da questão. Importante destacar que os demais estabelecimentos habilitados seguem operando normalmente, assegurando o fluxo das exportações de carne bovina brasileira ao mercado chinês.
O Brasil reafirma sua confiança na robustez do controle sanitário nacional, conduzido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, e segue trabalhando ativamente para solucionar os questionamentos apresentados com celeridade, garantindo a segurança e qualidade da carne bovina exportada.”