O Congresso Nacional recebe nesta segunda-feira (20/6) uma iluminação laranja como forma de demonstrar apoio às ações de combate ao abate de jumentos no Brasil. A proposta foi feita pelo deputado Ricardo Izar (Republicanos-SP).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve queda populacional de 38% desses animais entre os anos de 2011 e 2017. Por isso, ambientalistas argumentam que a quantidade de jumentos no Brasil está diminuindo e correm o risco de extinção.
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Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento, entre agosto de 2017 e setembro de 2018, apenas um abatedouro somou 44 mil abates de jumentos, isso fora as mortes ocorridas durante transporte e as causadas por doenças.
A principal demanda do abate dos animais é internacional, para produção do chamado ejião, que é feito a partir do colágeno da pele de jumentos. O comércio implica na captura, transporte irregular, confinamento e abate para a exportação da pele. Toda essa comercialização é feita sem exames ou comprovação de status sanitário para as doenças de notificação obrigatória que podem acometer humanos.
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Falta de cuidados
Os cuidados com os jumentos muitas vezes também são precários. Segundo a Câmara dos Deputados, em muitos casos foram registrados animais provados de água, alimento e cuidados veterinários.
Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária de Desenvolvimento de 2021 mostram que jumentos doentes, filhotes e fêmeas prenhes são abatidos de forma recorrente, chegando a média de 5 mil animais por mês na Bahia.
Em 2018, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia previu que os jumentos seriam extintos em até 4 anos, ou seja, neste ano de 2022.
- Com informações da Câmara dos Deputados