O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o consumo de produtos avícolas permanece seguro mesmo após a detecção do foco da doença Newcastle (DNC) no Rio Grande do Sul.
A doença de Newcastle é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres.
“Podem continuar tranquilos, consumindo carne de frango, inclusive da própria região, dessa própria criação na região”, disse o ministro à imprensa local.
No total, 7 mil aves devem ser sacrificadas no aviário de Anta Gorda, onde a doença foi detectada em um dos animais. As autoridades não trabalham com cenário de epidemia.
De acordo com o ministro, não há notícias de novos focos no entorno do aviário onde a doença foi detectada.
“Não há mortandade de animais no entorno do aviário e nenhum sintoma de que isso se propagou. Com total transparência, agilidade e integração, daremos todas respostas e ações para coordenar os trabalhos e voltar a normalidade”, disse.
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Suspensão das exportações
Com a recente confirmação do caso de Newcastle, o Brasil suspendeu as exportações de aves em carne fresca, resfriada ou congelada, miúdos, subprodutos, ovos e farinha por um período de 21 dias.
A medida de autossuspensão foi enviada nesta quinta-feira (18) aos serviços de inspeção do Ministério da Agricultura e Pecuária no país e vale para mais de 30 países compradores.
Os afetados são: África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, Cazaquistão, China, Cuba, Egito, Filipinas, Geórgia, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo, Macedônia, México, Mianmar, Paraguai, Peru, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Tailândia, Taiwan, Ucrânia, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador de carne de frango do país, atrás do Paraná e de Santa Catarina.
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Newcastle
A Doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que atinge aves domésticas e silvestres, apresentando inicialmente sintomas respiratórios, seguidos frequentemente por sinais nervosos, diarreia e inchaço na cabeça desses animais.
A doença é causada pelo vírus do grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), conhecido por sua virulência em aves de produção comercial.
No Brasil, os últimos casos confirmados ocorreram em 2006, afetando aves de subsistência nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.