Na última quinta-feira (4/11), os preços da arroba do boi apresentaram níveis de estabilidade e aumento no mercado físico. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os preços do boi gordo começaram a reagir devido a adequação de oferta e demanda.
Outro motivo que auxiliou os novos preços é o foco nas demandas do mercado doméstico. Todavia, Iglesias destaca que “os danos provocados pela ausência da China na ponta importadora seguem presentes no dia a dia do mercado, com prejuízos tanto para criadores como para frigoríficos”.
“No caso da indústria, os prejuízos vêm na forma de aumento da capacidade ociosa, somado ao custo de manutenção dos estoques. Para o pecuarista a manutenção dos animais nos confinamentos, somado ao alto custo de nutrição em meio a forte queda dos preços resultou em um prejuízo que oscila entre R$ 500 a R$ 1.000 por cabeça, conforme a região”, completa ele.
Diante dos apontamentos, os valores referentes ao boi gordo ficaram da seguinte forma:
- São Paulo (capital) – aumentou de R$ 257 pra R$ 261 reais
- Goiânia – sem alterações, apresentando estabilidade no valor de R$ 240 reais
- Dourados (MS) – valor estável em R$ 262 reais
- Cuiabá – foi de R$ 243 para R$ 245 reais
- Uberaba (MG) – preços a R$ 257 reais por arroba
Mercado atacadista do Boi Gordo
Os valores da arroba do boi no mercado atacadista também apresentam sinais de firmeza, dando espaço para a alta dos preços. Esta estabilidade deve acontecer de modo mais sutil nos cortes dianteiros bovinos, pois foram os que mais sofreram com as quedas na exportação de carnes bovinas entre Brasil e China.
O alerta da Safras & Mercado é que “de qualquer maneira ainda há um grande volume de carne bovina estocada em câmaras frias aguardando um posicionamento por parte da China. A preocupação é que esse estoque precise ser disponibilizado no mercado interno caso demore ainda mais para a retomada das exportações”.
*Com informações do Canal Rural