O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) foi informada sobre a identificação de peste suína africana (PSA) em javalis na província de Barcelona, na Catalunha.
O registro, feito em 26 de novembro, marca o retorno da doença à Espanha após mais de três décadas.
Peste suína africana em javalis

Até o dia 2 de dezembro, nove ocorrências haviam sido contabilizadas, todas em animais silvestres, sem qualquer confirmação entre suínos de criação.
A PSA é provocada por um vírus que acomete suínos domésticos, animais asselvajados e javalis. Apesar de não oferecer risco à saúde humana, a enfermidade requer notificação compulsória por seu alto grau de disseminação e pelas consequências que pode gerar para a produção pecuária.
Em áreas silvestres, a circulação de carrapatos do gênero Ornithodoros, capazes de atuar como vetores, torna o controle ainda mais desafiador.
O vírus tem elevada capacidade de sobrevivência no ambiente e pode permanecer ativo em roupas, calçados, veículos, equipamentos e em produtos de origem suína que não passam por tratamento térmico adequado. 
Foto: EnvatoEntre as principais formas de entrada em países livres da doença estão o contato de animais com objetos contaminados e o consumo de alimentos suínos infectados.
O Brasil mantém o status de país livre de PSA desde 1984, situação que segue inalterada. Segundo o Mapa, a preservação dessa condição exige rigor no cumprimento das normas sanitárias e atenção redobrada à movimentação de pessoas, insumos e mercadorias vindas de regiões atingidas.
A chegada do vírus ao território brasileiro teria efeitos expressivos sobre a cadeia suinícola, razão pela qual medidas de vigilância e prevenção seguem fortalecidas.







