A Espanha voltou a registrar casos de peste suína africana (PSA) após três décadas, após a detecção do vírus em dois javalis encontrados mortos nos arredores de Barcelona.
A confirmação, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Ministério da Agricultura, acende um sinal de alerta no setor suinícola e pode afetar o avanço das exportações espanholas para a China.
Peste suína na Espanha

O último registro da doença no país havia sido em 1994 e o novo episódio ocorre justamente no momento em que o governo espanhol tenta ampliar sua presença no mercado chinês de carne suína, uma das principais apostas do setor para ampliar a competitividade internacional.
Segundo o ministério, os serviços veterinários oficiais comunicaram imediatamente o caso à União Europeia e à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
A peste suína africana já circula em diversos países europeus desde 2014, quando se espalhou a partir dos Bálticos e da Polônia, com origem na Rússia.
As autoridades reforçaram a orientação para que qualquer suspeita da doença, tanto em javalis quanto em criações domésticas, seja informada sem demora. Paralelamente, equipes técnicas iniciaram investigações para identificar a rota de introdução do vírus no território espanhol.
Sintomas da peste suína

A peste suína africana costuma se manifestar com febre alta repentina, perda de apetite e forte apatia, fazendo com que os animais reduzam seus movimentos e permaneçam prostrados.
Além disso, podem surgir manchas avermelhadas ou azuladas na pele, especialmente nas orelhas, patas e região abdominal, além de vômitos, diarreia, em alguns casos com presença de sangue, e dificuldade respiratória acompanhada de tosse.
Também são comuns secreções nasais e oculares, assim como abortos em fêmeas prenhes. A evolução costuma ser rápida, levando muitos animais à morte poucos dias após o início dos sintomas.
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