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Primeiros bezerros geneticamente modificados nascem no Brasil

Sequenciamento genético mostrou a presença da característica associada à maior resistência ao calor.

Por Arieny Alves
Publicado em 13/05/2025 às 08:39
Primeiros bezerros geneticamente modificados nascem no Brasil

Foto: Rubens Neiva/Embrapa

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Um projeto recente voltado à bovinocultura nacional deu início à criação de animais geneticamente modificados com maior tolerância ao calor.

A iniciativa utiliza a tecnologia CRISPR/Cas9 para introduzir uma característica específica nos bovinos: pelos curtos e lisos, que favorecem a regulação térmica.

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Cinco bezerros da raça Angus nasceram entre o final de março e início de abril como parte dos experimentos. Análises conduzidas pela Embrapa Gado de Leite (MG) confirmaram que pelo menos dois desses animais apresentaram com sucesso a alteração genética pretendida.

O sequenciamento genético mostrou a presença da característica associada à maior resistência ao calor.

Bezerros geneticamente modificados

Bezerros modificados
Foto: Divulgação/Embrapa

A técnica aplicada é relativamente nova no melhoramento genético de bovinos e pode facilitar a adaptação de raças como Angus e Holandesa às altas temperaturas. A proposta é mitigar os impactos do estresse térmico, o que tende a favorecer tanto o desempenho quanto o bem-estar dos animais em regiões tropicais.

O método CRISPR/Cas9, desenvolvido com base em mecanismos naturais de defesa de bactérias, permite modificar com precisão trechos específicos do DNA.

Segundo o pesquisador Luiz Sérgio de Almeida Camargo, da Embrapa, esse recurso possibilita a introdução direta de mutações vantajosas nos embriões, eliminando a necessidade de cruzamentos ao longo de várias gerações.

Neste caso, a edição se concentrou no gene receptor da prolactina, relacionado ao controle da temperatura corporal. Alterações nesse gene estão ligadas ao surgimento de pelos mais curtos, uma característica presente em raças adaptadas ao clima tropical, mas ausente em raças europeias mais produtivas.

Camargo afirma que dois dos bezerros já exibem o tipo de pelagem esperado, resultado de uma taxa de edição superior a 90% nos folículos pilosos. Os dados iniciais são considerados suficientes para verificar o efeito da modificação, embora os estudos sigam em andamento para aprimorar a técnica.

O procedimento de edição foi realizado por meio de eletroporação de zigotos, uma técnica que aplica pulsos elétricos breves para permitir a entrada do material genético no embrião. Esse método tem se mostrado menos invasivo e mais acessível do que outros processos tradicionais usados em edição gênica.

A expectativa é de que os animais modificados apresentem melhor desempenho reprodutivo e produtivo sob condições de calor e umidade, características cada vez mais relevantes diante das mudanças climáticas.

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Projeto

A continuidade do projeto envolve o acompanhamento do desenvolvimento dos bezerros, a análise do desempenho zootécnico e a investigação sobre a possibilidade de transmissão da característica genética às futuras gerações.

Também será avaliado se ocorreram alterações indesejadas no genoma e se os animais mantêm padrões fisiológicos compatíveis com o esperado frente ao estresse térmico.

Se confirmada a hereditariedade das alterações, a estratégia poderá ser usada para disseminar naturalmente a característica em rebanhos maiores, contribuindo para uma bovinocultura mais adaptada às condições ambientais do Brasil.

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Tags: alteração genéticabezerros geneticamente modificadosregulação térmicaresistência ao calor

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