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Cadeia produtiva do arroz começa a ter 100% de rastreabilidade

Ferramenta desenvolvida pela Embrapa permite que consumidor acesse informações desde a origem da matéria-prima, industrialização até a gôndola do supermercado.

Por Janaina Honorato
Publicado em 27/08/2024 às 12:22
Cadeia produtiva do arroz começa a ter 100% de rastreabilidade

Rastreabilidade permite acesso da produção até o supermercado. Foto: Envato

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A cadeia produtiva do arroz começará a ter 100% de rastreabilidade, da matéria-prima até a gôndola do supermercado, o que permite transparência e acesso do consumidor à sustentabilidade de todo o processo.

O Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar) é uma ferramenta desenvolvida pela Embrapa que utiliza tecnologia blockchain, que começará a ser aplicada para a produção de arroz a partir deste mês de agosto.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

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Rastreabilidade da cadeia produtiva de arroz

primeiro lote de arroz 100 por cento rastreavel chega ao mercado no fim de agosto
Primeiro lote de arroz 100% rastreável chega ao mercado no fim de agosto. Foto: Divulgação/Embrapa

A inovação será lançada no dia 29 de agosto, durante a 47ª Expointer, em Esteio (RS), no espaço da Embrapa junto ao estande do governo federal, no pavilhão internacional.

Através da ferramenta da Embrapa, a Arrozeira Pelotas levará ao mercado o primeiro lote de arroz rastreado, que oferece por meio de um QR Code na embalagem, o acesso a informações sobre a origem da matéria-prima e o processo pelo qual o produto passa até chegar ao consumidor.

Já foram rastreadas cerca de 300 toneladas de arroz branco tipo 1 da marca Brilhante. Entretanto, a ideia da Arrozeira Pelotas é produzir novos lotes, expandindo para outros produtos, como o arroz parboilizado e o arroz parboilizado integral.

O trabalho de rastreabilidade foi realizado com produtores que cultivam as variedades da Embrapa: BRS Pampa e BRS Pampeira. Os lotes estão sendo distribuídos para comercialização no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul. Em seguida, o produto deverá chegar a outros mercados dos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Pará.

  • Agricultura: IBGE aponta maior produção de algodão, feijão, arroz e trigo na safra 2024

Legislação e demanda do consumidor

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) demandou a iniciativa para atender à Lei do Autocontrole, que compartilha responsabilidades entre governo e setor produtivo na fiscalização da produção agropecuária.

A legislação, ainda em processo de regulamentação, determina a necessidade de monitoramento e o registro auditável de informações ligadas aos processos produtivos, para garantir qualidade, segurança e conformidade legal aos produtos.

Segundo o pesquisador responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, Alexandre de Castro, da Embrapa Clima Temperado (RS), a cultura da rastreabilidade possibilita não só a transparência para o consumidor, mas também um diferencial de mercado para a indústria.

Critérios de rastreabilidade

Maior transparência e boas práticas também devem agregar valor à cadeia produtiva.
Maior transparência e boas práticas também devem agregar valor à cadeia produtiva. Foto: Envato

A rastreabilidade pode envolver dados sobre os elos da cadeia produtiva, sendo dividida em: originação (fornecedor/produtor), industrialização, distribuição e comercialização (varejo/atacado). Para o arroz Brilhante, estão sendo registrados, num primeiro momento, dados ligados aos produtores (originação) e à indústria.

Para os produtores, as informações envolvem nome da propriedade, CPF, geolocalização, certificações e cultivares utilizadas nos lotes. Para a indústria, leva em conta, datas de fabricação e de validade, laudos de classificação vegetal e ficha técnica do produto.

Essas informações são exibidas na chamada “página de rastro”, acessada pelo celular mediante leitura do QR Code estampado nas embalagens e inserção do número do lote.

Ainda estão disponíveis o código de rastreio do lote, a assinatura digital do lote, especificações do produto, informações nutricionais, e uma imagem da embalagem. Também é possível conferir a oferta do arroz no campo ao longo do ano. A página de rastro recebe um certificado de autenticidade emitido pela Embrapa.

  • Pesquisa: Nova cultivar de arroz de sequeiro produz bem em rotação com grãos e hortaliças
Tags: arrozcadeia produtivaembraparastreabilidade

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