A pesquisa agropecuária nacional receberá quase R$ 1 bilhão em investimentos até 2026. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que foi lançado pelo governo federal nesta sexta-feira (11/8), vai investir nas instituições de pesquisa para aumentar a competitividade científica do agro brasileiro.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai receber R$ 850 milhões e outros R$ 145 milhões vão para o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA).
Investimentos na pesquisa agropecuária
De acordo com a diretora-executiva de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão, este é o maior volume de investimentos que a Embrapa já recebeu. Ela esclarece que o montante não inclui custeio e despesas obrigatórias.
Os investimentos ou recursos de capital são aplicados no patrimônio: obras, construções, instalações e aquisição de equipamentos e materiais permanentes, que são incorporados ao patrimônio da instituição.
Todas as 43 Unidades Descentralizadas (UDs) da Embrapa serão contempladas. A distribuição de recursos buscou conciliar as demandas mais urgentes da empresa e as prioridades do governo federal, como o foco nas regiões Norte e Nordeste e a conclusão de obras iniciadas ou decorrentes do PAC 2008-2010.
Estrutura de pesquisa e a queda nos investimentos
Na última década, segundo a diretora, a Embrapa sofreu com a falta de investimentos em sua estrutura de pesquisa.
“O Novo PAC traz a possibilidade de a empresa se modernizar para os próximos 50 anos e responder mais rapidamente aos desafios de garantir segurança alimentar, inclusão socioprodutiva e digital no campo, desenvolvimento de tecnologias ômicas e geração de métricas e indicadores de sustentabilidade para as diversas cadeias produtivas”, afirma Selma.
Para a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, o Novo PAC é uma grande oportunidade de revitalização e fortalecimento da capacidade operacional da Empresa.
“Esse investimento vultoso mostra que o governo valoriza e reconhece a importância da ciência desenvolvida pelo sistema de pesquisa agropecuário, formado pela Embrapa e organizações estaduais, para a soberania alimentar e a sustentabilidade da agricultura”, analisa.
Proposta de investimentos da Embrapa
- Infraestrutura para a pesquisa agropecuária territorial e inclusiva: conclusão da instalação da Embrapa Cocais e da Embrapa Alimentos e Territórios, centros que estão localizados no Nordeste, região prioritária para o governo;
- Investimentos para a finalização de estruturas interrompidas, incluindo as criadas pelo PAC 2008: Núcleo de Inovação em Enologia para Estudos do Vinho (Embrapa Uva e Vinho); Laboratório de Solos (PronaSolos) e Sala de Mapas (Embrapa Solos); e Quarentena Vegetal (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia);
- Demandas especiais: Núcleo de Estudos Avançados do Café; Laboratório de prospecção e uso de recursos genéticos microbianos da Amazônia; Ampliação laboratorial de sanidade animal (influenza aviária e peste suína africana); Fortalecimento do SNPA;
- Investimentos para competitividade científica e tecnológica: destinados à implantação, expansão, modernização e reestruturação de laboratórios, instrumentação científica, máquinas e implementos, campos experimentais e automação.
Acesse aqui a página que detalha os investimentos do Novo PAC em inovação e pesquisa.
Distribuição de recursos por ano
Total: R$ 983.449.962,00 (que inclui fortalecimento do SNPA)
2023: R$ 60.513.220,00
2024: R$ 364.957.660,00
2025: R$ 468.120.587,00
2026: R$ 89.858.495,00