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Pesquisa agropecuária receberá R$ 1 bilhão de investimentos até 2026

PAC do governo federal vai investir montante recorde em todos os centros de pesquisa da Embrapa; recursos serão distribuídos de 2023 a 2026.

Por Janaina Honorato
Publicado em 11/08/2023 às 19:23
Atualizado em 11/08/2023 às 19:38
É o maior volume de investimentos em pesquisa que a Embrapa já recebeu.

É o maior volume de investimentos em pesquisa que a Embrapa já recebeu. Foto: Divulgação/Embrapa

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A pesquisa agropecuária nacional receberá quase R$ 1 bilhão em investimentos até 2026. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que foi lançado pelo governo federal nesta sexta-feira (11/8), vai investir nas instituições de pesquisa para aumentar a competitividade científica do agro brasileiro.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai receber R$ 850 milhões e outros R$ 145 milhões vão para o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA).

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

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Investimentos na pesquisa agropecuária

De acordo com a diretora-executiva de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão, este é o maior volume de investimentos que a Embrapa já recebeu. Ela esclarece que o montante não inclui custeio e despesas obrigatórias.

Os investimentos ou recursos de capital são aplicados no patrimônio: obras, construções, instalações e aquisição de equipamentos e materiais permanentes, que são incorporados ao patrimônio da instituição.

Todas as 43 Unidades Descentralizadas (UDs) da Embrapa serão contempladas. A distribuição de recursos buscou conciliar as demandas mais urgentes da empresa e as prioridades do governo federal, como o foco nas regiões Norte e Nordeste e a conclusão de obras iniciadas ou decorrentes do PAC 2008-2010.

PAC do governo federal vai investir em todos os centros de pesquisa da Embrapa.
PAC do governo federal vai investir em todos os centros de pesquisa da Embrapa. Foto: Governo Federal
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Estrutura de pesquisa e a queda nos investimentos

Na última década, segundo a diretora, a Embrapa sofreu com a falta de investimentos em sua estrutura de pesquisa.

“O Novo PAC traz a possibilidade de a empresa se modernizar para os próximos 50 anos e responder mais rapidamente aos desafios de garantir segurança alimentar, inclusão socioprodutiva e digital no campo, desenvolvimento de tecnologias ômicas e geração de métricas e indicadores de sustentabilidade para as diversas cadeias produtivas”, afirma Selma.

Para a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, o Novo PAC é uma grande oportunidade de revitalização e fortalecimento da capacidade operacional da Empresa.

“Esse investimento vultoso mostra que o governo valoriza e reconhece a importância da ciência desenvolvida pelo sistema de pesquisa agropecuário, formado pela Embrapa e organizações estaduais, para a soberania alimentar e a sustentabilidade da agricultura”, analisa.

Recursos serão investidos em construções, instalações e aquisição de equipamentos.
Recursos serão investidos em construções, instalações e aquisição de equipamentos. Foto: Embrapa Soja

Proposta de investimentos da Embrapa

  • Infraestrutura para a pesquisa agropecuária territorial e inclusiva: conclusão da instalação da Embrapa Cocais e da Embrapa Alimentos e Territórios, centros que estão localizados no Nordeste, região prioritária para o governo;
  • Investimentos para a finalização de estruturas interrompidas, incluindo as criadas pelo PAC 2008: Núcleo de Inovação em Enologia para Estudos do Vinho (Embrapa Uva e Vinho); Laboratório de Solos (PronaSolos) e Sala de Mapas (Embrapa Solos); e Quarentena Vegetal (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia);
  • Demandas especiais: Núcleo de Estudos Avançados do Café; Laboratório de prospecção e uso de recursos genéticos microbianos da Amazônia; Ampliação laboratorial de sanidade animal (influenza aviária e peste suína africana); Fortalecimento do SNPA;
  • Investimentos para competitividade científica e tecnológica: destinados à implantação, expansão, modernização e reestruturação de laboratórios, instrumentação científica, máquinas e implementos, campos experimentais e automação.

Acesse aqui a página que detalha os investimentos do Novo PAC em inovação e pesquisa.

Distribuição de recursos por ano

Total: R$ 983.449.962,00 (que inclui fortalecimento do SNPA)
2023: R$ 60.513.220,00
2024: R$ 364.957.660,00
2025: R$ 468.120.587,00
2026: R$ 89.858.495,00

  • Pesquisa: Produtor pode responder pesquisa sobre acesso ao mercado internacional
Tags: ciênciaembrapainvestimentosPACpesquisa agropecuária

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