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Pesquisa busca o uso das pastagens degradadas do Brasil para a agropecuária

Embrapa Territorial quer elaborar zoneamento das pastagens pela situação e aptidões agrícolas, para indicar intensificação do uso para cultivos.

Por Janaina Honorato
Publicado em 18/11/2023 às 20:13
Atualizado em 18/11/2023 às 20:14
Embrapa Territorial quer elaborar zoneamento das pastagens pela situação e aptidões agrícolas.

Embrapa Territorial quer elaborar zoneamento das pastagens pela situação e aptidões agrícolas. Foto: Embrapa

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Uma pesquisa busca descobrir o uso potencial das pastagens em degradadas, com o objetivo de tornar os milhares de hectares em úteis para produção agropecuária brasileira.

O estudo está sendo desenvolvido pela Embrapa Territorial para a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária (SDI/Mapa).

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Pesquisa com pastagens degradadas para uso na agropecuária

Iniciada em outubro, a pesquisa prevê a elaboração do zoneamento das pastagens do Brasil de sua situação e aptidões agrícolas e indicar: a intensificação do uso para cultivos (anuais, perenes ou semiperenes), a renovação ou recuperação das pastagens plantadas, reflorestamento ou a restauração da vegetação nativa.

O estudo utilizará mapeamentos das pastagens considerando seus níveis de degradação. Serão excluídas as áreas protegidas (Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Áreas Militares e Quilombolas) e as áreas destinadas à vegetação nativa dentro dos imóveis rurais, em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais, de acordo com dados disponíveis no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR).

A aptidão das terras para o cultivo agrícola será qualificada segundo metodologia implementada pela Embrapa, que compara as condições agrícolas com os níveis estipulados para cada classe, segundo o grau de manejo.

Para definir o potencial de aptidão agrícola das áreas com pastagem em degradação, serão cruzados os zoneamentos de aptidão com mapas de degradação em pastagens elaborados pelo Lapig e apresentados no Observatório da Agropecuária Brasileira. Além disso, outros fatores serão considerados, como o zoneamento agrícola de risco climático (ZARC), e outras análises de contexto regional utilizando a consolidada metodologia de Inteligência Territorial Estratégica (ITE). Os dados também serão refinados com idas a campo das equipes, para validação.

O trabalho será realizado em escala compatível com análises regionais, ou seja, com planejamento nacional, estaduais e de mesorregiões e microrregiões, não sendo adequadas para aplicação em escala local, como no nível de propriedade.

O tamanho das propriedades rurais será utilizado para segmentação de políticas públicas a serem indicadas. Isso será feito a partir dos limites dos imóveis do SiCAR e do tamanho do módulo fiscal (MF) de cada município informado pelo Incra. Será feita a classificação dos imóveis em pequenos (até 4 Módulos Fiscais); médios (de 4,1 a 15 Módulos Fiscais) e grandes (acima de 15 Módulos Fiscais).

  • Pecuária: Plantio direto a lanço acelera a recuperação de pastagens degradadas
Objetivo é indicar intensificação do uso para cultivos.
Objetivo é indicar intensificação do uso para cultivos. Foto: Breno Lobato/Embrapa Territorial

Políticas Públicas

Essas análises poderão ajudar o Ministério da Agricultura e Pecuária na elaboração de políticas públicas. Para cada território considerado apto à intensificação do uso da terra, poderemos sugerir, futuramente, as tecnologias da Embrapa à disposição dos produtores rurais para aumentar o nível tecnológico e proporcionar uma conversão de maneira sustentável e competitiva.

Se o foco for o apoio a pequenos produtores para conversão de pequenas áreas para fins produtivos, a Embrapa poderá apresentar um rol de tecnologias disponíveis, como aquelas para a fruticultura; se forem selecionados os grandes produtores, por exemplo, seriam sugeridas tecnologias para grãos ou reflorestamento.

Como informa o Ministério da Agricultura e Pecuária, alinhado com as diretrizes estabelecidas pela Presidência da República, poderá estabelecer políticas públicas assertivas, tanto para recuperação de pastagens degradadas como para sua conversão para produção de grãos.

Segundo a pasta, a expansão da área agrícola no Brasil gira em torno de 2,5 milhões de hectares por ano, exercendo pressão sobre a mudança do uso da terra. A utilização de pastagens com produtividade deprimida, para abrigar essa expansão, constitui uma oportunidade, tanto para aumento da produção como para produtividade agropecuária e em total alinhamento com a sustentabilidade e com os compromissos assumidos pelo País para mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

A convergência de políticas desenvolvidas pelo Mapa, como Renovagro (antigo Programa ABC+), criam as condições favoráveis para efetividade das políticas públicas. Os recursos captados internacionalmente também encontram, nesse ambiente, as condições favoráveis para sua aplicação, em função de todo o arcabouço legal e de tecnologias disponibilizadas que suportam o ambiente empreendedor do setor produtivo. A conclusão dos trabalhos está prevista para o primeiro semestre de 2025.

  • Política: Governo desenvolve zoneamento agrícola de risco climático para pastagens
Estudo utilizará mapeamentos das pastagens considerando seus níveis de degradação.
Estudo utilizará mapeamentos das pastagens considerando seus níveis de degradação. Foto: Embrapa

Produtores rurais

Tanto a recuperação das pastagens quanto a sua conversão em áreas de agricultura, com a adoção de práticas sustentáveis, proporciona aumento de produtividade, melhor conservação do solo e da água, aumento da fertilidade do solo, sequestro de carbono e a prestação de outros serviços ambientais.

Conhecer melhor os recursos disponíveis permite elaborar cenários de produção e escolher as alternativas que mais contribuam para atender às demandas mundiais por alimentos, fibras e energia, garantindo, ao mesmo tempo, a preservação do ambiente e o desenvolvimento regional, com geração de emprego e renda.

Tags: AgroPecuáriaBrasilEmbrapa Territorialpastagens degradadaspesquisarecuperação

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