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Petrobras e Embrapa se unem para pesquisar produtos de baixo carbono e fertilizantes

Por Janaina Honorato
Publicado em 06/09/2024 às 16:10
Petrobras e Embrapa se unem para pesquisar produtos de baixo carbono e fertilizantes

Objetivo é impulsionar produção agrícola e de bioenergia. Foto: Divulgação/Embrapa Solos

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A Petrobras e a Embrapa vão se unir para desenvolver produtos de baixo carbono, incluindo biocombustíveis, química verde e fertilizantes para impulsionar a produção de bioenergia.

O termo de cooperação, que foi assinado nesta sexta-feira (6/9), no Rio de Janeiro (RJ), buscar estudar e fabricar matérias-primas renováveis para obtenção desses produtos.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Parceria para produtos de baixo carbono e fertilizantes

Empresas assinam cooperação para desenvolver matérias-primas de biocombustíveis.
Empresas assinam cooperação para desenvolver matérias-primas de biocombustíveis. Foto: J.J. Gouin/Shutterstock

A parceria envolve o desenvolvimento pela Petrobras de soluções tecnológicas e a implantação de unidades industriais para produção de biocombustíveis e bioprodutos como fertilizantes.

Já a Embrapa, desenvolverá um protocolo de culturas agrícolas de baixo carbono, como a soja, envolvendo técnicas racionais, como a certificação.

O termo de cooperação também inclui o desenvolvimento de culturas alternativas à soja, culturas de entressafra e consorciadas, como o milho safrinha, carinata (espécie de oleaginosa), entre outras, que são opções para agroenergia nos diferentes biomas e sistemas de produção do país.

Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriar, o objetivo é fazer a diversificação e trazer o acesso a matérias-primas com sustentabilidade, qualidade e custo justo para alcançar o sucesso da iniciativa.

Além disso, a companhia quer ofertar produtos fertilizantes para aumentar a disponibilidade no mercado nacional, atendendo as metas do Plano Nacional de Fertilizantes.

Para a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, a ideia é diversificar as soluções para os produtores rurais e para políticas públicas nacionais e internacionais, principalmente em bioeconomia e desenvolvimento sustentável.

  • Economia: Brasil amplia produção de fertilizantes com aquisição de nova fábrica

Independência de produção de fertilizantes

Produção de fertilizantes visa impulsionar a produção de bioenergia.
Produção de fertilizantes visa impulsionar a produção de bioenergia. Foto: Divulgação/Terra Fértil

A parceria é focada em diminuir a dependência brasileira da importação de matérias-primas de fertilizantes. Nos últimos anos, o Brasil tem importado mais de 80% do NPK que utiliza para a produção de alimentos.

De acordo com Clenio Pillon, diretor de Pesquisa e Inovação da Embrapa, essa realidade da dependência de fertilizantes e também da energia mostra que o país tem segurança alimentar, mas não soberania alimentar.

A iniciativa vai fomentar o desenvolvimento de novos fertilizantes e fazer a inserção no mercado do agronegócio, como: fertilizantes com base em ureia de maior valor agregado, fertilizantes mistos, adubos com granulometria diferenciada e novos insumos sustentáveis com menor impacto ambiental.

O resultado será produtos fertilizantes adaptados às culturas e solos do país, que permitirão safras com maior produtividade. A cooperação também abordará temas como o biometano e biogás no contexto do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária.

Retomada de fábrica de fertilizantes

O investimento em fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras, de acordo com o Plano Estratégico (PE) 2024-2028. A empresa anunciou, em agosto, a retomada das atividades da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), em Araucária (PR), que começa a sua operação para produção de ureia, ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo) e Amônia em território nacional já no primeiro semestre de 2025.

  • Política: Plano Nacional de Fertilizantes é aprovado para diminuir dependência externa
Tags: embrapafertilizantespesquisaPetrobrasprodutos de baixo carbono

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