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Tecnologia revoluciona o mapeamento automático de viveiros escavados no Brasil

Técnica foi aplicada no Paraná, estado que lidera a produção e exportação de peixes no país.

Por Arieny Alves
Publicado em 19/03/2025 às 10:45
Atualizado em 19/03/2025 às 10:55
Tecnologia revoluciona o mapeamento automático de viveiros escavados no Brasil

Foto: Clenio Araújo/Embrapa

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A Embrapa, em parceria com outras instituições, está utilizando uma nova metodologia para mapear viveiros escavados, um modelo de produção predominante no Brasil.

A técnica foi aplicada no Paraná, estado que lidera a produção e exportação de peixes no país. A solução combina imagens de satélite de alta resolução, índices espectrais, a classificação orientada a pixels com o algoritmo Random Forest (um método de aprendizado de máquina) e filtros geométricos.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

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Viveiros escavados no Brasil

Viveiros
Imagem aérea: Paturi Agroindustrial

A Embrapa destacou que a técnica permitiu obter dados inéditos sobre a aquicultura brasileira em grande escala. Os resultados do estudo foram recentemente publicados na revista Aplicações de Sensoriamento Remoto: Sociedade e Meio Ambiente.

Marta Ummus, geógrafa da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) e uma das responsáveis pela pesquisa, explica que “conseguiram automatizar o processo de mapeamento com um índice de 90% de precisão”.

Com base nela, isso não elimina a necessidade de validação humana, mas reduziu consideravelmente o esforço necessário para o mapeamento, representando um avanço importante no Brasil.

O estudo foi conduzido usando a plataforma Google Earth Engine (GEE) e imagens de satélite do programa Iniciativa Internacional da Noruega para o Clima e Florestas (NICFI). O processo envolveu a classificação orientada a pixels e o uso do algoritmo Random Forest, com base em 1.200 amostras de treinamento.

 “Propusemos uma metodologia inédita no País para mapear, de forma automática, áreas de piscicultura em viveiros escavados. Diferentemente de outros países, principalmente asiáticos, o Brasil não contava com uma metodologia que extraísse os viveiros escavados para áreas continentais interiores”, explicou Bruno Silva, pesquisador do Biopark Educação na Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) do Oeste do Paranaense.

A pesquisa identificou 42.369 tanques de aquicultura em 13.514 empreendimentos, cobrindo uma área de 11.515 hectares. Aproximadamente 40% dessas estruturas estão localizadas nas regiões Oeste e Metropolitana de Curitiba, representando 40% da superfície de água utilizada pelos aquicultores no Paraná.

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Viveiros escavados
Foto: Envato

Na mesorregião Oeste, onde estão os principais municípios produtores do estado, como Nova Aurora, Palotina, Toledo e Assis Chateaubriand, encontra-se 24% dos viveiros. Essa região conta com uma infraestrutura produtiva bem estabelecida, com cooperativas agroindustriais que integram a cadeia de valor da atividade.

Já as mesorregiões Centro-Oriental, Noroeste e Centro-Oeste representam 6%, 5% e 4% do total, respectivamente. Juntas, elas somam quase 16% da área na mesorregião Metropolitana de Curitiba. As mesorregiões Sudeste e Sudoeste juntas somam 17%.

Além disso, o mapeamento revelou que mais da metade dos 5.621 empreendimentos aquícolas do Paraná estão concentrados na mesorregião Oeste, com 2.884 empreendimentos, ou mais de 51% do total.

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Tags: mapeamento automáticoprodução e exportação de peixesviveiros escavados

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