O sétimo dia de programação da AgriZone, nesta segunda-feira (17), foi dedicado à discussão da Agenda Positiva do Agro 2025, documento produzido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) para reunir soluções tecnológicas e práticas sustentáveis adotadas no setor agropecuário e florestal brasileiro.
O encontro contou com representantes de órgãos federais e instituições de pesquisa.
Agenda Positiva do Agro 2025 na COP30

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luís Rua, participou do debate e destacou avanços recentes nas políticas públicas ligadas à produção sustentável.
Segundo ele, a redução do desmatamento na Amazônia ultrapassou 45% no ciclo 2023/2024, o maior recuo em 15 anos, enquanto o Cerrado registrou queda de 26% no mesmo período. O secretário atribuiu os resultados ao fortalecimento da governança ambiental, ao cumprimento do Código Florestal e à adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono, como as previstas no Plano ABC.
A primeira etapa do Plano, executada entre 2010 e 2020, resultou na mitigação de cerca de 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono e ampliou para 52 milhões de hectares o uso de práticas sustentáveis.
Na fase atual, o Plano ABC+ prevê reduzir 1,1 bilhão de toneladas de CO₂ até 2030. Rua também mencionou o Programa Caminho Verde Brasil, voltado à recuperação de pastagens de baixa produtividade, além do avanço da rastreabilidade e da abertura de quase 500 novos mercados internacionais nos últimos três anos.
Impacto ambiental

Massruhá avaliou que a COP30 será uma oportunidade para apresentar os esforços já realizados pelo Brasil e discutir caminhos para expandir a produção com menor impacto ambiental. Segundo ela, ações como o mapeamento de áreas aptas para intensificação produtiva, realizado no âmbito do Caminho Verde Brasil, mostram que é possível ampliar a produção sem avanço sobre novas áreas.
A dirigente também defendeu o papel da agricultura como parte das soluções para as mudanças climáticas, especialmente por meio da chamada “agricultura de carbono”.
Já em relação a Agenda Positiva do Agro, foi reunido práticas, pesquisas, tecnologias e políticas desenvolvidas pelo setor agropecuário brasileiro com foco em produção sustentável, adaptação climática e redução de emissões.
O material consolida iniciativas de empresas públicas e privadas, instituições de pesquisa e organizações setoriais, servindo de referência para formulação de políticas públicas e negociações internacionais ligadas ao agro.
A proposta busca ainda ampliar o diálogo global sobre sustentabilidade e reforçar a participação do Brasil em temas como acesso a mercados, cooperação técnica e compromissos climáticos, destacando o potencial do setor para uma economia de baixo carbono.







