As câmaras térmicas serão mais uma inovação para a agricultura do país. A Rede de multiplicação e transferências de materiais propagativos de mandioca (Reniva) acaba de incorporar uma tecnologia que utiliza a temperatura para gerar plantas mais sadias.
A técnica inovadora foi desenvolvida pelo Centro Internacional para a Agricultura Tropical (Ciat), na Colômbia e aperfeiçoada pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA).
Implementação de Câmaras Térmicas
Recentemente a Embrapa recebeu aproximadamente 1,6 milhões de reais liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para a ampliação do Reniva para nove estados das regiões Norte e Nordeste.
O destaque maior da novidade é a construção de câmaras térmicas automatizadas em cada um desses estados, incluindo o Amapá, no qual os plantios de mandioca de áreas indígenas do Oiapoque vêm sendo afetados por uma nova doença.
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A câmara térmica da Embrapa é uma estufa de aço galvanizado, toda coberta com plástico selado hermeticamente, que ocupa um espaço de 25 m².
O projeto contempla a distribuição das câmaras que serão instaladas preferencialmente em Unidades da Embrapa nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Paraíba, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Vantagem das câmaras térmicas
As câmaras térmica possuem inúmeras vantagens, além de obter materiais mais sadios, esse método de limpeza também é uma técnica de multiplicação de manivas, uma vez que proporciona um grande número de miniestacas/mudas por planta, se comparada com o método tradicional.
Como por exemplo, no método convencional, uma haste de 1 metro, o produtor conseguirá cinco manivas-sementes de 20 centímetros, sendo assim, 25 plantas no período de ano.
Por sua vez, se o método utilizar a câmara térmica, com 1 metro de haste o produtor terá 250 mudas com qualidade fitossanitária superior às manivas obtidas em condições de campo em um período de seis meses.