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Embrapa alerta sobre maior ocorrência de percevejos na soja da safra 2023/24

Populações da praga estão maiores e chegando mais cedo nas lavouras da cultura neste ciclo; veja orientações da Embrapa sobre controle e monitoramento das lavouras.

Por Janaina Honorato
Publicado em 26/12/2023 às 19:40
Populações da praga estão maiores e chegando mais cedo nas lavouras de soja.

Populações da praga estão maiores e chegando mais cedo nas lavouras de soja. Foto: Divulgação

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A safra 2023/2024 está sendo marcada por adversidades climáticas intensas com os efeitos do El Niño, isso afeta também a ocorrência de percevejos, uma das pragas que causam grande prejuízos na cultura da soja.

É o que afirma o chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Soja, Adeney de Freitas Bueno, em artigo publicado aqui no Blog da Embrapa Soja. Segundo ele, o percevejo geralmente ocorre de forma acentuada no período de enchimento dos grãos da soja, mas nesta safra, tem sido observada mais cedo e com populações mais altas.

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Ocorrência de percevejos na safra de soja 2023/2024

Segundo a entidade, a orientação é que o produtor faça o monitoramento da lavoura para saber o momento ideal para realizar o controle da praga, assim como escolher o inseticida mais adequado, o que irá garantir produtividade com equilibrado custo de produção.

Climas mais quentes e secos afetam a fisiologia da planta e também afetam a ocorrência de pragas e seu controle nas lavouras de soja. Entre as pragas que atacam a soja, o complexo de espécies de percevejos que se alimenta das vagens de soja está em as pragas mais importantes, por conta da dificuldade de controle, ocorrência de populações resistentes aos principais inseticidas utilizados e seu grande potencial de danos as vagens e grãos.

A praga normalmente ocorre de forma mais acentuada no período de enchimento dos grãos da soja (estádio de desenvolvimento R5), esse ano por conta dos efeitos climáticos associados a uma safra desuniforme com lavouras em diferentes estádios de desenvolvimento.

Orientações da Embrapa indica controle com a adoção do MIP-Soja.
Orientações da Embrapa indica controle com a adoção do MIP-Soja. Foto: Divulgação

Orientações sobre o controle dos percevejos

Nesta safra, a população de percevejos tem sido observada mais cedo nas lavouras, com populações mais altas já no período de florescimento (estádio R1/R2). O que leva o produtor a perguntar se assim como a ocorrência da praga chegou mais cedo, a aplicação de inseticidas para controle deve ser também realizado mais cedo.

Esse momento correto de controlar os percevejos na soja é conhecido tecnicamente como nível de ação ou nível de controle. Aplicar inseticidas antes desses níveis serem atingidos ou ultrapassados é desnecessário e pode ser desperdício de custos.

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Experimentos de controle

Segundo a Embrapa Soja, em experimento realizado no município de Iguaraçu, Paraná, foi possível observar que a aplicação do inseticida no controle antecipado antes da formação das primeiras vagens não teve benefícios e que os níveis de ação atualmente recomendados para percevejos são seguros, devendo ser utilizados pelos produtores para um uso econômico e sustentável dos inseticidas.

Por isso, os percevejos devem somente ser controlados a partir de R3 (formação das primeiras vagens) quando a população estiver igual ou maior que o nível de ação.

Garanta a produtividade gastando menos com a adoção do MIP-Soja e dos níveis de ação recomendados pela pesquisa e cultivares tolerantes/resistentes quando disponível. Não controle percevejos quando não houver vagens (a menos que seja liberação de parasitoides de ovos).

Tolerância da soja ao ataque de percevejos

Os níveis de ação de percevejo são bem seguros e devem ser respeitados porque a planta de soja é, em geral, bastante tolerante ao seu ataque, principalmente antes da formação de vagens.

Experimentos com cultivares diferentes e avaliações de ataques de percevejos e lagartas foram conduzidos na Embrapa Soja confirmando a segurança e importância de se respeitar esses níveis de ação antes de aplicar inseticidas em qualquer cenário de produção agrícola.

Manejar percevejos com um uso racional de inseticidas é possível e traz economias para o bolso do sojicultor, além de grandes vantagens ecológicas a médio e longo prazo ao meio ambiente, deixando a produção de soja muito mais sustentável. Claro, isso em produtores que adotaram o MIP-Soja (com os níveis de ação recomendados).

Entre 50 a 60% do inseticida utilizado na soja é para controle de percevejos, sendo as pragas que mais demandam o uso de inseticidas na soja e aumentando o uso agrava o problema de resistência das populações de percevejos aos inseticidas.

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Embrapa lançou a Tecnologia Block em cultivares de soja para estabilizar produção.
Embrapa lançou a Tecnologia Block em cultivares de soja para estabilizar produção. Foto: Divulgação

Cultivares tolerantes a percevejos

A Embrapa recentemente lançou a Tecnologia Block®, que identifica as cultivares de soja que apresentam características que permitem à planta sob ataque de altas infestações de percevejos terem menor perda de produção quando comparado às cultivares sem a inovação.

As cultivares com a tecnologia tem maior estabilidade de produção em situações de altas populações de percevejos e deve ser usada no contexto de um conjunto de tecnologias recomendadas pela pesquisa para MIP-Soja. Vejam o vídeo com orientações do pesquisador Samuel Roggia, da Embrapa Soja.

*Com informações do Blog da Embrapa Soja

Tags: controleEmbrapa SojaMIP-Sojapercevejospragasafra 2023/2024soja

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