Os produtores de cucurbitáceas em Goiás, incluindo melancia, melão e abóbora, que desejam exportar frutos frescos, precisam registrar suas Unidades de Produção (UP) junto à Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).
Este registro deve ser feito até cinco dias após o plantio para permitir o monitoramento da praga Anastrepha grandis, uma espécie de mosca-das-frutas, e é uma exigência para exportar a países com restrições quarentenárias em relação à praga.
Municípios goianos para exportação
Atualmente, o cadastro das Unidades de Produção é obrigatório em 17 municípios goianos onde produtores já demonstraram interesse na exportação.
Estes municípios, que atenderam à exigência de cadastro das UPs no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) e tiveram seus projetos de implantação do Sistema de Mitigação de Riscos (SMR) aprovados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), são: Uruana, Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Jaraguá, Rio Verde, Santa Helena, Maurilândia, Cristalina, Ipameri, Goianésia e São Miguel do Araguaia.
Além de Edealina, Luziânia, Nova Crixás, Rubiataba, Porangatu e Jussara.
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Orientação aos produtores
Daniela Rézio, gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, esclarece.
“É preciso atenção porque alguns produtores acreditam que o fato de o município ter o SMR estabelecido já os credencia à exportação, mas se esquecem que é preciso cadastro das Unidades de Produção junto à Agrodefesa, até cinco dias após o plantio, para elaboração do projeto de monitoramento da praga, e assim estarem habilitados para se inserirem ou se manterem no SMR”, afirma.
Para realizar o cadastro da propriedade e da Unidade de Produção, os produtores devem procurar a Agrodefesa por meio de um Responsável Técnico (RT) habilitado. Após o cadastro, inicia-se o levantamento fitossanitário da presença da praga, um processo que dura no mínimo seis meses.
Monitoramento
O monitoramento é feito com armadilhas instaladas até 35 dias após o cultivo, e deve continuar enquanto houver restos culturais após a colheita, conforme a Instrução Normativa do Mapa nº 16/2006.
Após o período de monitoramento, a Agrodefesa encaminha o processo ao Mapa solicitando a inclusão do produtor no SMR reconhecido para o município.
Mário Sérgio de Oliveira, coordenador do Programa de Sistema de Mitigação de Risco para Cucurbitáceas da Agrodefesa, ressalta a importância da manutenção do SMR.
“Os produtores já inseridos no SMR, que pretendem exportar, devem realizar a cada safra procedimentos de manutenção do sistema, que incluem levantamento de verificação, emissão da Certificação Fitossanitária de Origem (CFO), análise laboratorial e visual, identificação dos frutos e auditoria da Agrodefesa,” diz.
Para habilitar novos municípios no SMR, Daniela Rézio explica que o processo inclui um levantamento fitossanitário em cultivos de cucurbitáceas, conduzido pelo produtor interessado e acompanhado por um RT habilitado pela Agrodefesa, durante seis meses ininterruptos.
Após este período, a Agência elabora um projeto com os dados do levantamento e encaminha ao Ministério da Agricultura para reconhecimento oficial do município no SMR, mediante publicação de portaria federal.
Mais informações podem ser obtidas em uma Unidade Operacional Local da Agrodefesa ou no telefone (62) 3201-8534.