Goiás permanece como principal produtor de girassol do país, respondendo por aproximadamente 70% da safra nacional.
Conforme os dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para o ciclo 2024/2025, a estimativa é de uma produção de 71 mil toneladas, o que representa um aumento de 58,8% em relação ao ciclo anterior, que foi de 44,7 mil toneladas.
Produção nacional de girassol

O avanço está relacionado a fatores climáticos favoráveis, ao uso de tecnologias no campo e às ações voltadas ao controle sanitário.
O girassol é cultivado principalmente na safrinha, em sucessão à soja. Contudo, a ausência de herbicidas seletivos registrados para essa cultura no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) dificulta o controle de plantas voluntárias de soja, que podem manter ativo o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática.
Segundo Leonardo Macedo, gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, o girassol tem se consolidado como uma opção viável entre as safras de verão e inverno no calendário agrícola do estado. No entanto, ele destaca que é necessário um controle rigoroso para evitar impactos sobre a cultura da soja.

O cultivo também exige o registro das áreas plantadas no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), o que permite o monitoramento das regiões de produção e a adoção de medidas de controle quando necessário, especialmente relacionadas à ferrugem asiática.
De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, a adoção de práticas fitossanitárias tem sido fundamental para a manutenção das condições de produção no estado.
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