Os amantes da culinária goiana já podem comemorar, pois o pequi sem espinhos já está chegando no mercado. Após o lançamento oficial das novas cultivares, os agricultores e viveiristas começam a receber mudas a partir desta quarta-feira (9/11), em Goiânia.
Com a distribuição das mudas, os exemplares do fruto chegarão em breve à mesa das famílias goianas. O melhor é que o pequi foi encontrado na natureza e clonado para que mais pessoas possam ter acesso ao fruto. As novas variedades possuem mais polpa e mantêm o sabor do fruto tradicional.
A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) é responsável pelo desenvolvimento das novas cultivares, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – unidade Cerrados (Embrapa Cerrados).
Distribuição de mudas de pequi sem espinhos
As mudas serão distribuídas, inicialmente, para agricultores e viveiristas que se cadastraram no site da Emater. No total, são seis variedades de pequi, sendo três deles sem espinhos.
O valor dos kits é de R$ 150 cada lote, conforme a oferta. Os agricultores devem ter cadastro no PRONAF (DAP/CAF); já os viveiristas no Ministério da Agricultura (RENASEM).
De acordo com a Emater, as novas qualidades são semelhantes ao fruto tradicional, levando em consideração a cor e sabor, e são próprias para atender o comércio e a indústria. Elas atendem à demanda dos produtores goianos por pequizeiros mais rentáveis e também à sociedade, que passa a ter acesso a frutos com polpa carnuda e saborosa.
Durante o evento de lançamento, também será feito o lançamento de publicações inéditas com informações gerais e técnicas para o cultivo das espécies: “Orientações para o cultivo do pequizeiro” e “Cultivares do pequizeiro”.
- Meio ambiente: Concentração de gases de efeito estufa bate recorde em 2021
Pesquisa
As novas espécies são resultado de pesquisas de clonagem com a propagação de mudas por sementes, estaquia e enxertia. Os pés de pequi sem espinhos foram encontrados na natureza e, a partir deles, foram feitos vinte clones da planta, que foram transportados para o banco de germoplasmas da Emater.
Os frutos ficaram anos em análises e foram multiplicados, chegando hoje a mais de 1.600 pequizeiros. Todas as cultivares já possuem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de abril deste ano.