Uma fiscalização realizada pelo Ibama no noroeste de Goiás resultou em 12 autos de infração que ultrapassam R$ 1,06 milhão em multas, após a identificação de cultivo ilegal de organismos geneticamente modificados dentro e no entorno de Unidades de Conservação.
Conforme o Ibama, ao longo das 17 ações realizadas na Reserva Extrativista Recanto das Araras de Terra Ronca e no Parque Estadual de Terra Ronca, equipes encontraram culturas transgênicas instaladas em áreas onde o cultivo é proibido por lei.
Cultivo ilegal em Goiás

Dentro das unidades, o plantio viola a legislação que impede o uso de OGMs em Unidades de Conservação e Terras Indígenas, com exceção das Áreas de Proteção Ambiental.
No entorno, também foram detectados cultivos em áreas sujeitas à faixa de restrição prevista no Decreto nº 5.950/2006, já que as unidades ainda não possuem plano de manejo definido.
As autuações tiveram penalidades por atividade potencialmente poluidora e pelo cultivo de transgênicos em área de proteção integral. Além das multas, 1.120 hectares foram embargados e produtores foram notificados a remover imediatamente as lavouras irregulares. O Ibama informou que seguirá monitorando os locais e pode determinar destruição ou apreensão dos cultivos, caso as exigências não sejam cumpridas.
Operação Quineta

A Operação Quimera já havia tido uma etapa em 2019, quando 576 hectares foram embargados, cerca de 40% dentro das unidades.
Em 2025, menos de 2% das áreas irregulares estavam dentro das UCs, o que, segundo o Ibama, demonstra efeito preventivo das ações anteriores.
O instituto informou que seguirá acompanhando o cumprimento das normas de biossegurança previstas na legislação federal, que regula o cultivo, manipulação e liberação de organismos geneticamente modificados no meio ambiente.







