O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou, nesta segunda-feira (10/4), quarentena no estado de Roraima por ameaça da praga quarentenária Mosca-da-Carambola (Bactrocera carambolae). Para prevenir a disseminação da praga, a proibição implica em restringir o transporte de frutas hospedeiras para outros estados.
Desde a introdução da praga no país, em 1996, o Mapa vem adotando um conjunto de ações para mantê-la sob controle e restrita às áreas onde se encontra atualmente. Dessa forma, o objetivo é evitar a disseminação da praga para as demais áreas sem ocorrência da praga no país.
Vale destacar que Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo e, nesse contexto, a mosca-da-carambola representa uma grande ameaça aos mercados de exportação da fruticultura.
A última vez que houve restrição no comércio de frutos hospedeiros da praga em Roraima foi no período de maio de 2018 a junho de 2019.
Quarentena por ameaça da Mosca-da-Carambola é por tempo indeterminado
A declaração permanecerá em vigor por tempo indeterminado até que a situação da praga em Roraima esteja sob controle e em um nível seguro.
A mosca-da-carambola, considerada praga quarentenária no Brasil, tem o potencial de gerar grandes prejuízos econômicos caso se disperse.
Conforme destaca a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Edilene Cambraia, é importante que a população evite transportar frutos e vegetais de áreas com a praga, para evitar que ela se espalhe e cause danos não só na carambola, mas também em outras frutas como goiaba, acerola, tangerina, caju e pitanga, entre outras.
A praga
A mosca-da-carambola é uma praga agrícola que ataca frutas tropicais, como carambolas, goiaba, caju, manga, taperebá, acerola, muruci, tangerina, pitanga, entre outras, causando prejuízos à produção e exportação desses frutos.
Originária da Ásia, a mosca-da-carambola foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1996 e desde então vem causando problemas em diversas regiões do país.
As larvas da mosca se alimentam da polpa das frutas, causando sua deterioração e reduzindo sua qualidade. Além disso, seu controle é realizado por meio de medidas preventivas, como a adoção de práticas culturais adequadas, e do uso de inseticidas específicos.