Uma nova onda de calor avança sobre o Brasil a partir desta quinta-feira (14/12). Ao menos 15 estados devem sofrer com as altas temperaturas, entre eles Goiás e Tocantins.
Apesar da onda de calor não abranger o início da estação mais quente do ano, é esperado que os termômetros registrem o aumento das temperaturas em diversas regiões do Brasil.
Temperaturas acima da média com nova onda de calor
De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é que a temperatura suba 5ºC nos próximos dias em regiões do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
Desta forma, as altas temperaturas devem fazer com que os termômetros se aproximem dos 40ºC a partir desta semana.
Segundo o Inmet, o fenômeno marca o fim da primavera, que se encerra no dia 22 de dezembro, quando começa o verão.
Conforme estimativas do Climatempo, as ondas de calor são caracterizadas justamente pelas temperaturas acima da média em regiões amplas, que além do calor, há ainda ar seco e menores chances de chuva.
O País permanece sob a influência do El Niño
De acordo com o Meteorologista José Luís Cabral, da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), o país permanece sob influência do El Niño e afirma que nesta época do ano é comum ocorrer índices de precipitação principalmente no Tocantins.
No entanto, desde o início do período chuvoso, as chuvas têm sido irregulares e mal distribuídas em todas as regiões, o que está afetando a produção de soja, não só na região do Matopiba, mas em todo o Brasil Central.
A chuva regular tem impactado negativamente as lavouras de soja, levando ao replantio em várias áreas e atrasos na semeadura em outras. O replantio e os atrasos na semeadura acarretam em custos adicionais para os agricultores, além de comprometerem o calendário de plantio e colheita.
Além disso, a falta de chuvas adequada pode afetar o desenvolvimento saudável das plantas, resultando em menor produtividade e qualidade dos grãos.
“Essa situação tem gerado consequências significativas para os agricultores e para a produção agrícola como um todo”, disse o meteorologista.
O meteorologista ainda afirma que é fundamental que os agricultores estejam atentos às previsões meteorológicas e adotem medidas de manejo adequadas para minimizar os impactos causados pela falta de chuvas.