O período de vazio sanitário do algodão já está em vigor no estado do Tocantins e se estenderá até o dia 20 de novembro. Durante esse período, todas as atividades de manutenção e o plantio da oleaginosa são proibidas.
A medida é essencial para prevenir e preservar a saúde das plantações, protegendo-as contra ataques de pragas e doenças.
Tocantins possui, atualmente, uma área de cultivo de algodão cadastrada na Adapec de aproximadamente 6,2 mil hectares, distribuída nos seguintes municípios: Campos Lindos, Tocantínia, Dianópolis e Mateiros, que juntos produziram 26,50 mil toneladas do algodão em caroço na safra passada.
Vazio sanitário do algodão
O vazio sanitário do algodão é um período estratégico no calendário agrícola durante o qual é proibido realizar atividades de cultivo, como o plantio e a manutenção das plantações de algodão.
O vazio normalmente coincide com o período em que as plantas de algodão estão fora de seu ciclo vegetativo, tornando-as menos suscetíveis a ataques, o que contribui para a preservação da saúde das plantações e a melhoria da qualidade da fibra de algodão produzida.
A prática é amplamente aplicada em diversas regiões de algodão para proteger a produtividade e a sustentabilidade dessa importante cultura agrícola.
Infestações
As lavouras de algodão estão sujeitas infestações através dos ataques de pragas, como por exemplo o bicudo do algodoeiro, uma espécie de besouros com coloração cinza ou castanha, a mais temida pelos produtores. O ataque pode acarretar na perda em até 70% da produção.
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec-TO), a legislação prevê que, em caso da presença de plantas vivas com risco fitossanitário, o processo de eliminação é de responsabilidade do proprietário ou ocupante da área, e o produtor deve fazê-lo de forma mecânica ou química.
Segundo Cleovan Barbosa, responsável pelo Programa Estadual de Controle do Bicudo do Algodoeiro, a Adapec realizará o monitoramento das áreas de cultivo cadastradas, a fim de garantir que não haja plantas vivas com risco fitossanitário no campo.
Mercado
Dados economicos apotam que em 2022, de acordo com o Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat), o Brasil exportou US$ 3,68 bilhões em produtos do agronegócio para a China. Deste total, 30% equivale ao algodão não cardado e não penteado, somando US$ 1,08 bilhão.
A produção brasileira está estimada em 7,4 milhões de toneladas de algodão em caroço, o equivalente a 3 milhões de toneladas de algodão em pluma, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).