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Polinização animal responde por 16% do valor da produção agrícola em 2023

Das 89 culturas analisadas, quase metade (48,3%) demonstraram algum tipo de dependência da polinização animal.

Por Arieny Alves
Publicado em 17/07/2025 às 17:18
Polinização animal responde por 16% do valor da produção agrícola em 2023

Foto: Envato

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Em 2023, a polinização animal contribuiu, em média, com 16,14% do valor da produção agrícola e extrativista brasileira, segundo levantamento do IBGE.

O índice, que variou entre 5% e 25% conforme os cenários mínimos e máximos de dependência, mostra crescimento em relação a 1996, quando estava em 14,4%.

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Polinização animal

Polinização animal
Foto: Envato

Os dados fazem parte do estudo “Contribuição dos Polinizadores para as Produções Agrícola e Extrativista do Brasil 1981-2023”, que analisou a participação de polinizadores como abelhas, besouros, borboletas e morcegos em diferentes culturas, com base nos dados da PAM e da PEVS.

O indicador utilizado no estudo mede quanto do valor da produção está associado a espécies vegetais que dependem, em algum grau, da polinização feita por animais.

Para isso, considera-se o valor de mercado dos produtos e seus diferentes níveis de dependência da polinização. Quanto maior o indicador, maior o impacto estimado da ação desses polinizadores.

Das 89 culturas analisadas, quase metade (48,3%) demonstraram algum tipo de dependência da polinização animal, com maior impacto em cultivos permanentes e extrativistas, que costumam ter maior sensibilidade à ausência desses agentes. A polinização é o processo que garante a reprodução das plantas ao promover a fertilização das flores, o que pode ocorrer por meio do vento, da água ou por animais.

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Diferenças por tipo de cultivo

Com base nos dados, em 2023, lavouras temporárias registraram índice médio de 12%, enquanto cultivos permanentes chegaram a 38,7%. No extrativismo vegetal, a contribuição dos polinizadores foi ainda mais expressiva, com 47,2% – avanço considerável frente aos 21,8% registrados em 1996.

Apesar de lavouras temporárias ocuparem a maior parte da área colhida no país, muitas delas não exigem polinização animal. Ainda assim, observa-se uma tendência de crescimento na participação da polinização nesse grupo, podendo atingir mais de 20% em alguns cenários.

Principal cultura temporária do país, a soja possui dependência modesta de polinizadores. No entanto, por seu alto valor de produção e expansão territorial, ela influencia significativamente o índice geral. A ampliação da soja para novas áreas teve efeitos duplos: por um lado, aumentou a presença de cultivos com alguma dependência da polinização; por outro, reduziu a participação de espécies com alta dependência, que foram substituídas.

Panorama regional

Polinização
Foto: Envato

Norte:

O índice de polinização em lavouras temporárias ficou acima de 10%, enquanto, nas permanentes, ultrapassou 60% desde 2020. O açaí, altamente dependente da polinização, lidera a produção permanente, seguido por café canephora e cacau. No extrativismo, a dependência alcança 80%, com destaque novamente para o açaí.

Nordeste:

A região apresenta contribuições estáveis próximas a 50% nas culturas permanentes. Produtos como manga, cacau e uva são relevantes e variam entre alta e essencial dependência da polinização. No extrativismo, embora menos expressivo, destacam-se o babaçu, o umbu e o próprio açaí.

Sudeste:

O índice médio ficou em torno de 16% nas lavouras temporárias. Nas culturas permanentes, a contribuição foi de 32,5% em 2023. Café arábica, café canephora e laranja estão entre os principais produtos. Já no extrativismo, o pequi se destaca com dependência essencial, resultando em uma contribuição de 75,1% no ano.

Sul:

Com menor peso das culturas dependentes, a região teve índice de 11% nas lavouras temporárias. A maçã, altamente dependente da polinização, é destaque entre as permanentes e responsável por boa parte do indicador de 31,4%. Já os principais produtos extrativistas, como erva-mate e pinhão, não dependem da polinização animal.

Centro-Oeste:

O índice médio foi de 15% nas culturas temporárias, que concentram os principais produtos da região – todos com baixa dependência, como soja e algodão. Embora com menor peso econômico, itens extrativistas como castanha-do-pará e pequi, ambos com dependência essencial, responderam por mais de 95% do valor da produção desse segmento. O nível de dependência nas culturas permanentes é semelhante ao das temporárias na região.

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Tags: abelhasextrativistapolinização animalprodução agrícola

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