Os produtores rurais goianos têm até o próximo sábado (15/7) para finalizar a colheita do girassol no estado para que seja evitada a disseminação da praga ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), na cultura.
A germinação da tiguera, que cresce nas entrelinhas do cultivo do girassol, após a colheita dos grãos de soja, favorece o aparecimento desse tipo de praga.
Fim da colheita de girassol em Goiás
De acordo com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), a medida é necessária devido ainda não ter um herbicida seletivo registrado junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que eliminem as tigueras de soja, sem causar danos ao girassol.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, ressalta a importância dos produtores goianos seguirem as orientações do órgão em relação ao calendário previsto para o girassol.
Segundo ele, as medidas são implementadas com aprovação científica para manter o controle fitossanitário de pragas que podem surgir nas culturas agrícolas.
Goiás é o quarto maior produtor de girassol do país
Atualmente, Goiás está em quarto lugar no ranking de maiores produtores de girassol do país.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa é que sejam colhidas 48,7 mil toneladas de girassol na safra 2022/2023, crescimento de 123,4% em relação ao ciclo anterior.
A produtividade deve ficar em 1.495 quilos por hectare, uma alta de 78% em relação à safra anterior, enquanto a área plantada deve crescer 25,4%, chegando a 32,6 mil hectares.