Nesta quinta-feira (11), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o 11º Levantamento da Safra de Grãos, revelando dados promissores para a safra 2022/23.
A estimativa de produção de grãos é de impressionantes 320,1 milhões de toneladas, um aumento de cerca de três toneladas em relação ao levantamento anterior feito pela companhia.
Produção de grãos
De acordo com a Conab, a previsão de produção chega a 320,1 milhões, apresentando um aumento significativo de 17,4% em relação ao ciclo anterior. Esse crescimento representa um acréscimo de 47,4 milhões de toneladas comparado ao volume colhido anteriormente.
O volume é maior que o projetado anteriormente pela companhia no 10º levantamento, que considerou um crescimento de 16,5% em relação ao ciclo anterior, atingindo 317,6 milhões de toneladas na safra 2022/2023.
Os resultados obtidos são frutos da sinergia entre a expansão da área cultivada e o aumento da produtividade das colheitas. A área destinada ao cultivo de grãos experimentou um incremento de 5% em relação à safra passada, abrangendo agora uma extensão de 78,3 milhões de hectares. Paralelamente, a produtividade média das culturas registrou um aumento de 11,8%, passando de 3.656 quilos por hectare para uma média de 4.086 kg/ha.
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Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, a alta na produção se deve, especialmente, pelo milho.
“O avanço da colheita do milho segunda safra vem apresentando produtividades superiores às inicialmente previstas, aliado ao melhor desempenho das culturas ainda em campo. Portanto, reforça o recorde da safra brasileira de grãos”.
A colheita do milho segunda safra segue avançando e ultrapassa 64,3% da área plantada, como indica o Progresso de Safra publicado pela estatal nesta semana. A produção estimada para essa safra pode ultrapassar os 100 milhões de toneladas de milho, o que representaria um marco histórico em termos de volume.
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Enquanto isso, as atenções também se voltam para a terceira safra, onde embora se tenha registros de estiagem em áreas como Alagoas e no nordeste da Bahia, é possível que as chuvas regulares, de forma geral, estão favorecendo o desenvolvimento das lavouras. A combinação de condições climáticas e práticas agrícolas eficientes apontou para uma colheita total do cereal projetada em cerca de 130 milhões de toneladas, um acréscimo de 16,8 milhões de toneladas em comparação com a temporada anterior.
Outras culturas
Para o algodão, a previsão é de uma produção de 7,4 milhões de toneladas de pluma. A colheita, que teve início em junho, encerrou o mês de julho atingindo aproximadamente 30% , indicando um leve atraso em relação à safra anterior, na qual, no mesmo período, já havia atingido 49,3%.
Enquanto isso, a previsão para a colheita de feijão é de um aumento de 2,6% em relação ao ciclo 2021/22, com uma estimativa de produção de 3,07 milhões de toneladas. Na terceira safra, as condições climáticas continuam favorecendo o desenvolvimento das lavouras, especialmente nas fases de floração, enchimento de grãos e maturação.
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Quanto aos produtos da safra de verão, as estimativas são de 154,6 milhões de toneladas de soja e 10,03 milhões de toneladas de arroz. Destaca-se o estado do Mato Grosso como o maior produtor de soja do país, com 45,6 milhões de toneladas, enquanto a Bahia se destaca pela maior produtividade, atingindo 4.020 kg/ha. No caso do arroz, apesar das condições climáticas mais propícias, a produção é reduzida devido a uma diminuição de 8,5% na área de plantio.
Já a semeadura das culturas de inverno foi praticamente concluída em julho, abrangendo uma série de produtos. Entre esses, destaca-se o trigo, cuja área plantada aumentou em 11,2%, atingindo uma extensão de 3,4 milhões de hectares. Isso se traduz em uma estimativa de produção de 10,4 milhões de toneladas, um volume obtido ao obtido na safra anterior.
Confira o levantamento completo da Conab clicando aqui.