A produção de trigo recorde ao longo dos anos pode levar o Brasil a se tornar o 10º maior exportador do cereal no mundo. O país sempre foi um dos maiores importadores mundiais de trigo, mas ao longo dos anos, as lavouras têm tido alta produtividade.
Agora, o mercado brasileiro têm diminuído as compras externas e ainda exportado a produção nos últimos anos. A maior oferta tem indicado que a autossuficiência do mercado brasileiro não está longe segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado na última semana, indica que a produção recorde de trigo no Brasil que foi colhida em 2022, vem compensando a menor oferta do produto na Argentina, que é a principal fornecedora do cereal ao nosso país.
A boa colheita no Brasil tem favorecido favorecendo as exportações de trigo, que devem crescer frente às da safra anterior e colocar o país como o 10º maior exportador mundial do cereal.
Produção de trigo no Brasil
A safra brasileira foi finalizada em 2022 e a Conab consolidou a produção recorde de 10,55 milhões de toneladas, alta de 37% frente a 2021. Há perspectiva disso se repetir em 2023, o plantio da nova safra começa em abril.
A Conab estima que, entre agosto de 2022 e julho de 2023, as exportações alcancem 3,1 milhões de toneladas, 1,8% acima das da safra anterior.
Os preços do cereal pagos ao produtor, levantamento do Cepea mostra que estão em queda na maior parte das regiões acompanhadas pelo centro de Pesquisas.
Safra global de trigo
O relatório de oferta e demanda de março do USDA mostra que a safra mundial de trigo em 2022/23 é estimada em 788,94 milhões de toneladas, diante das 783,80 milhões de toneladas em fevereiro. Para 2021/22, a estimativa ficou em 779,21 milhões de toneladas.
O consumo mundial de 2022/23 esperado é de 793,19 milhões de toneladas, contra 791,16 milhões de toneladas em fevereiro.