O Brasil lançou nesta quarta-feira (13), durante a COP30, o Bioeconomy Challenge, iniciativa internacional desenvolvida em parceria com a sociedade civil e organismos multilaterais.
A plataforma tem o objetivo de transformar princípios globais da bioeconomia em ações concretas e soluções escaláveis até 2028, promovendo desenvolvimento sustentável com foco em métricas claras e benefícios sociais.
Bioeconomy Challenge e a COP30

Com duração de três anos, o programa integra a Agenda de Ação da COP30 (Meta 29 – Bioeconomia e Biotecnologia) e marca a primeira vez que a bioeconomia é oficialmente reconhecida no processo da conferência climática como um caminho estratégico para acelerar o cumprimento das metas nacionais de redução de emissões (NDCs). A proposta é criar mercados e cadeias de valor que aliem conservação ambiental, geração de renda e descarbonização.
A iniciativa, liderada conjuntamente por Brasil e África do Sul no âmbito do G20, busca ampliar a cooperação entre governos, empresas e comunidades locais.
A estrutura prevê a atuação de quatro grupos de trabalho coordenados por organizações internacionais, sendo a FAO (métricas e indicadores), Grupo BID (financiamento), UNCTAD (comércio e desenvolvimento de mercado) e WRI (sociobioeconomia e benefícios comunitários). A NatureFinance assume a secretaria executiva e coordena um comitê com representantes do setor público, privado e da sociedade civil.
Entenda o que é a plataforma

O Bioeconomy Challenge será guiado por cinco eixos prioritários, florestas, agricultura regenerativa, sociobioeconomia, inovação financeira e bioindustrialização e pretende preencher lacunas em mensuração, financiamento e estruturação de mercados.
Até 2028, o projeto deve oferecer ferramentas e padrões compartilhados que ajudem os países a incorporar a natureza em suas estratégias econômicas de forma consistente e responsável.
A bioeconomia, que reúne atividades baseadas no uso sustentável de recursos biológicos, é vista como vetor central para o crescimento inclusivo e resiliente. Em um cenário no qual trilhões de dólares ainda são destinados a atividades que degradam o meio ambiente, a iniciativa propõe redirecionar investimentos para cadeias produtivas que regenerem ecossistemas e fortaleçam comunidades.
Com foco em métricas transparentes, instrumentos financeiros inovadores e repartição justa de benefícios, o projeto reforça a liderança do Brasil e de outros países do Sul Global na construção de soluções que conciliem desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental.







