As mudanças climáticas tem se tornado uma preocupação cada vez maior em todo mundo, pois esta condição tem causado eventos extremos ao redor do globo. No Brasil, por exemplo, o agronegócio no Rio Grande do Sul sofreu grandes prejuízos com uma sequência de frentes frias com neve e geadas.
O fato da temperatura média da terra ter subido cerca de 1,2ºC, desde o início da industrialização, é uma das consequências ligadas ao aquecimento global. As mudanças climáticas, principalmente em relação as altas temperaturas, provocam um desequilíbrio mundial, colocando o meio ambiente e a agricultura em risco.
É importante ressaltar que situações extremas geram preocupação geral. No agronegócio, por exemplo, a imprevisibilidade das temperaturas e chuvas gera insegurança nos agricultores e afeta todos os tipos de culturas. Mesmo com equipamentos sofisticados, com o uso de altas tecnologias e novos modelos meteorológicos, as mudanças climáticas estão mais difíceis de serem previstas devido à sua dinamicidade.
Mudanças climáticas
A elevação da quantidade de gás carbônico na atmosfera deixa o sistema de correntes do oceano Atlântico, responsável pelo transporte de água quente dos trópicos para o Hemisfério Norte e água fria para o sul no fundo do mar, cada vez mais próximo de entrar em colapso. De acordo com especialistas, as consequências disso afetariam diretamente nas atividades agrícolas do continente europeu, tendo em vista que as temperaturas da região chegariam ao extremo.
Outra consequência do aquecimento global é a aceleração da velocidade de circulação das massas de ar entre o sul do Brasil e a Antártida. Devido as mudanças climáticas, quanto mais a altas as temperaturas no inverno brasileiro, mais facilmente o ar quente entra na Antártida, o que abre caminhos para que as frentes frias cheguem até o sul da Amazônia. O resultado disso são períodos de muito calor, seguidos por dias de muito frio nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, o que causa uma enormidade de prejuízos ao agronegócio de modo geral.
Não podemos deixar de salientar que o desmatamento descontrolado da região amazônica afeta diretamente na capacidade florestal de sequestrar carbono da atmosfera e auxiliar no equilíbrio climático global. Estudos feitos pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) mostram que a Amazônia se tornou um contribuinte para o aquecimento global, devido a quantidade de queimadas que o bioma vem sofrendo e que, por sua vez, aumentam a emissão de gases de efeito estufa.
Os pesquisadores levaram em consideração áreas da floresta com diferentes taxas de desmatamento, entre os aos de 2010 e 2018. Através da pesquisa foi descoberto que as áreas com mais de 30% de desmatamento emitiam dez vezes mais carbono do que aqueles com taxa de desmatamento abaixo de 20%. Foi registrado que, durante o período analisado, a floresta amazônica emitiu um bilhão de toneladas de CO2 devido as queimadas e que o nível de absorção dessas emissões foi de apenas 18%.
Com o desmatamento as temperaturas sobem, o nível de evapotranspiração das plantas rediz e ocorre a redução das chuvas, o que aumenta a probabilidade de incêndios e queimadas. No Brasil, as regiões mais atingidas por essas condições são o Centro-Oeste, Sul e Sudeste, consideradas as principais regiões produtoras do país.