A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) informou, nesta segunda-feira (15/8), que a movimentação de cargas portuárias apresentou recuo de 3,3% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021.
De acordo com a agência, os portos organizados, terminais autorizados e arrendados movimentaram 581,3 milhões de toneladas no período. Os dados são do painel Estatístico Aquaviário da Anaq, que destaca ainda redução nas movimentações dos perfis de carga de graneis sólido, líquido e contêineres.
Conforme apontam os dados, foi registrada queda de 4,4% no granel sólido, com movimentação de 335,9 milhões de toneladas. Este tipo de carga representa 58% do total de cargas movimentadas.
Já no granel líquido, que movimenta 25% das cargas no país, a queda foi de 4,5%, com 148,1 milhões de toneladas. Os contêineres, que têm movimentação de 11% das cargas no país, também teve redução de 4,4%, com movimentação de 62,7 milhões de toneladas.
Exportações
De acordo com a Antaq, a queda se deve à redução nas exportações das principais commodities brasileiras, como o minério de ferro, soja e petróleo.
No geral, o destaque positivo foi o frete, que aumentou 18,6% para 34,7 milhões de toneladas movimentadas. A carga geralmente movimenta 6% dos embarques do país. As exportações de celulose lideraram o crescimento.
Eduardo Nery, gerente geral da Antaq, disse que a redução do fluxo pode ser explicada por problemas econômicos na China, maior parceiro comercial do Brasil.
“Entendemos que o decréscimo ocorre principalmente em função dos problemas ocorridos na China, com lockdowns e fechamento de indústrias e portos. Isso impactou na movimentação de granel solido mineral e vegetal. Nossos contêineres também”, afirmou.
Projeção da movimentação de cargas
Conforme projeção da Antaq, a expectativa é que a movimentação de cargas no segundo semestre deste ano fique em 631 milhões de toneladas. Caso seja confirmada, o crescimento será de 2.9% em comparação como mesmo período do ano passado.
Já o total da movimentação anual deve ficar em 1.212 bilhão de toneladas, queda de 0,2% em relação ao ano anterior.
- *Com informações da Agência Brasil