Um levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quinta-feira (11/8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a produção de grãos brasileira deverá ficar em 271,447 milhões de toneladas na temporada 2021/22.
Caso o resultado seja confirmado, o crescimento será de 6,2%, ou seja, 15,9 milhões de toneladas, em comparação com a colheita registrada na safra 2020/21.
Produção de grãos
Milho
Conforme estimativas da Conab, os produtores de milho deverão colher na segunda safra 87,4 milhões de toneladas na temporada de 2021/22. Destas, 25 milhões de toneladas são da primeira safra. “A colheita do milho segunda safra segue avançando e ultrapassa 79% da área plantada”, aponta a Conab.
Se confirmado, o volume estimado representa a maior produção registrada da série histórica, já considerando o redução de produtividade devido o impacto da falta de chuva e ataques de pragas.
Algodão
A cultura do algodão também é destaque no levantamento. A Conab classifica como favoráveis as condições climáticas para a produção e colheita da fibra. Até o momento, os trabalhos já foram finalizados em mais de 67% da área cultivada e a finalização está estimada para setembro.
Conforme aponta o levantamento, a colheita da pluma do algodão deve ser de 2,74 milhões de toneladas, 16% maior que a safra passada. “Se por um lado o clima afetou a produtividade em algumas lavouras devido ao estresse hídrico, por outro, o tempo seco observado na maioria das regiões produtoras influenciou de maneira positiva a qualidade do produto final.”, explica.
Feijão
Quase finalizada, a segunda safra de feijão deverá resultar na colheita deverá ser de aproximadamente 1,36 milhão de toneladas (incremento de 19,5% na comparação com a safra anterior), apesar das oscilações climáticas registradas durante o ciclo.
De acordo com a Conab, houve redução na área plantada em comparação a 2020/21, especialmente pela concorrência com o cultivo de milho e trigo, que expandiram suas áreas de abrangência neste ciclo.
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Trigo
Dentre os produtos de inverno, estima-se na produção do trigo um recorde de 9,2 milhões de toneladas, aumento esperado de 19,3%, “reflexo de uma maior área plantada, com crescimento expressivo no Rio Grande do Sul – chegando a 18% no estado gaúcho se comparado com a safra passada –, aliado a uma expectativa de aumento na produtividade.”, aponta o levantamento.
Mercado
No levantamento, a Conab destaca novamente o trigo da safra 2021/2022 (ano comercial de agosto de 2021 a julho de 2022) encerrada com os estoques finais totalizados em 722,6 mil toneladas.
“Outros ajustes foram realizados nos dados de exportação e importação encerrados no último mês, sendo estimados em cerca de 6 milhões de toneladas e 3 milhões de toneladas, respectivamente. Para a safra que se inicia, a expectativa é que o estoque finalize em 1,6 milhão de toneladas.”, aponta a companhia.
A Conab também mudou a situação da oferta de soja. De acordo com o levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os estoques finais de oleaginosas foram ajustados para 7,66 milhões de toneladas. Um aumento nos estoques finais para a safra 2020/21 também levou a um aumento nos estoques de passagem para a safra 2021/22 prevista de 4,65 milhões de toneladas para 5,98 milhões de toneladas.
“Também foi estimada uma elevação nas exportações de óleo de soja para 2,1 milhões de toneladas, em decorrência das fortes vendas para o mercado externo entre janeiro e julho deste ano, dos elevados preços internacionais e das margens de esmagamentos positivas.”, concluiu a companhia.
- *Com informações da Conab