O governo federal anunciou a revogação do recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que impactava diretamente empresas, incluindo o setor agropecuário.
Com isso, as alíquotas do IOF voltam ao patamar anterior, reduzindo o custo do crédito para produtores rurais e empresas do agronegócio.
Mudanças no IOF

A decisão foi tomada após forte resistência de empresários e parlamentares à elevação do imposto, levando o governo a buscar alternativas para compensar a perda de arrecadação.
Entre elas, está a proposta de taxação dos rendimentos de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), instrumentos hoje isentos de imposto e que servem para financiar justamente os setores imobiliário e agropecuário.
A ideia é aplicar uma alíquota de 5%, inferior às faixas tradicionais de IR para aplicações financeiras, que variam entre 15% e 22,5%.
A medida ainda será discutida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pode ser formalizada por Medida Provisória, antes de ser enviada para votação no Congresso.
Entenda a diferença

A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é um investimento de renda fixa em que o investidor empresta recursos a uma instituição financeira, que deve direcioná-los ao setor imobiliário. Esse tipo de aplicação possui prazo determinado para o resgate. A rentabilidade da LCI pode ser:
- Pré-fixada: oferece uma taxa de juros definida no momento da aplicação, permitindo saber antecipadamente o valor do rendimento.
- Pós-fixada: vinculada a um indicador econômico, como CDI, Selic ou IPCA.
- Híbrida: combina uma taxa fixa com a variação de um índice de preços.
Já a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) segue a mesma lógica, mas os recursos são destinados ao financiamento de atividades do agronegócio, como produção, comercialização, industrialização ou aquisição de insumos. As formas de remuneração também podem ser pré-fixada, pós-fixada ou híbrida
Leia mais: Bancada do Agro reage à tributação de LCA, prevê alta nos alimentos e promete reação