O Brasil e a Argentina firmaram um novo acordo de cooperação sanitária que reforça a segurança e a continuidade do comércio bilateral de produtos avícolas.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Sergio Iraeta, assinaram, na sexta-feira (7), em Buenos Aires, o reconhecimento mútuo dos sistemas de zonificação e compartimentação para Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) e Doença de Newcastle (DNC).
Acordo de cooperação sanitária

Com o entendimento, eventuais focos dessas enfermidades em um dos países não provocarão restrições amplas às exportações. As medidas de contenção ficarão limitadas a um raio de 10 quilômetros ao redor da área afetada, preservando o comércio das demais regiões.
O mecanismo traz previsibilidade, estabilidade e confiança às relações comerciais, especialmente no segmento de carne de aves, ovos e material genético avícola.
Para o ministro Carlos Fávaro, o reconhecimento da equivalência entre os sistemas sanitários dos dois países reforça a credibilidade internacional do Brasil.
Sergio Iraeta destacou que a iniciativa fortalece o compromisso bilateral com altos padrões de biossegurança e a decisão foi sustentada por avaliações técnicas conduzidas entre dezembro de 2024 e março de 2025, que constataram equivalência entre os sistemas de vigilância e biosseguridade dos dois países, alinhados às normas da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Além de evitar embargos nacionais generalizados, a medida valoriza os compartimentos produtivos com altos padrões sanitários. O acordo abrange aves vivas, pintos de um dia, ovos férteis, carne de aves e ovoprodutos, conforme os protocolos e certificados sanitários de cada país.
Importações argentinas

Em 2025, as importações argentinas de carne de frango aumentaram 295% em relação ao ano anterior, consolidando o Brasil como principal fornecedor. De janeiro a julho, o país exportou 12,9 mil toneladas do produto ao mercado argentino.
Com o novo marco, os serviços veterinários do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) passarão a atualizar os certificados sanitários internacionais e manter canais permanentes de comunicação para notificação e acompanhamento de possíveis ocorrências.







