Os volumes de chuva registrados em outubro de 2025 mostraram forte contraste entre as regiões do Brasil. Enquanto áreas do Norte, Sudeste e Sul tiveram precipitações acima da média histórica, o Nordeste enfrentou mais um mês de tempo seco, com baixos acumulados em grande parte do território.
Com base no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os dados consideram a climatologia de 1991 a 2020.
Volumes de chuva registrados em outubro de 2025

No Norte, as chuvas mais expressivas se concentraram no Amazonas, noroeste do Acre e em trechos do centro-sul do Pará, com acumulados acima de 150 milímetros. Nessas áreas, a precipitação superou a média histórica em até 100 milímetros.
Entre os destaques estão as estações de Codajás (284,5 mm), Novo Aripuanã (229,4 mm) e Manaus (223,6 mm). Já no norte do Amapá, norte do Pará e sudeste de Rondônia, a estiagem predominou. Em Peixe (TO), o total mensal foi de apenas 20,8 mm, cerca de 77% abaixo do normal para outubro.
Na Região Nordeste, as chuvas se concentraram na faixa litorânea da Bahia e de Sergipe, onde os acumulados ultrapassaram 40 milímetros. No interior, o tempo seco predominou, com registros inferiores a 30 milímetros. Mesmo assim, houve exceções: Guaratinga (BA), Itabaianinha (SE) e Salvador (BA) registraram volumes de 131,1 mm, 112,4 mm e 105 mm, respectivamente, todos acima de suas médias históricas.
O Centro-Oeste teve chuva irregular. As precipitações mais significativas ocorreram no centro-sul do Mato Grosso do Sul e centro-oeste do Mato Grosso, onde os totais superaram 90 milímetros. Cotriguaçú (MT), Ivinhema (MS) e Sete Quedas (MS) somaram mais de 190 mm no mês. Em contrapartida, Goiás registrou baixos índices, com destaque para Posse, onde o total de 18 mm ficou 82% abaixo da média.

No Sudeste, outubro foi marcado por volumes acima de 50 milímetros em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. As maiores chuvas ocorreram em Teresópolis (288,2 mm), Pico do Couto (215,2 mm) e Rancharia (205,2 mm).
Em Minas Gerais, porém, grande parte do estado teve acumulados abaixo de 40 milímetros. As anomalias positivas se concentraram no sul e oeste paulista e em áreas centrais e ocidentais mineiras.
Já no Sul do país, a chuva foi bem distribuída e superou os 90 milímetros na maioria dos municípios. Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul registraram os maiores volumes, acima de 150 milímetros. As estações de Ivaí, Marechal Cândido Rondon e Campina da Lagoa, todas no Paraná, ultrapassaram 240 milímetros no mês. Nessas áreas, as precipitações ficaram até 100 milímetros acima da média de outubro.







