O número de startups do agronegócio brasileiro cresceu quase 15% em 2023. Ao menos 1.953 empresas permanecem em operação, totalizando com 250 a mais do que em 2022.
O levantamento é do Radar Agtech 2023, produzido pela Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens.
Levantamento sobre startup do agronegócio
O estudo também mapeou startups que não foram formalizadas e indicou uma leve desconcentração de startups no Sudeste, onde no ano passado a região possuía 61,4 do total de agtechs do país, número que caiu para 56,9% em 2023.
“O ecossistema é muito dinâmico. Excluímos mais de 500 startups que estavam na base do ano passado”, alegou Cleidson Dias, analista da Embrapa e um dos coordenadores do estudo.
Conforme o relatório, ainda chama atenção que dos 22 municípios brasileiros com 16 ou mais startups, 12 são capitais. A cidade de São Paulo lidera o ranking com o maior número de agtechs (385).
Atualmente há 815 startups (41,7%) atuando no que o estudo classifica como “dentro da fazenda”, sendo as tecnologias que atendem às necessidades diárias da produção agropecuária, como irrigação e sensoriamento remoto.
Ao menos 331startups atuam no modo “antes da fazenda”, sendo como crédito para aquisição de insumos, máquinas e equipamentos agrícolas.
Já outras 807 empresas trabalham com soluções para o “depois da fazenda”, como na distribuição e logística.
Com base no estudo, o perfil tecnológico do produtor brasileiro permanece direcionando a inovação para cinco categorias, sendo alimentos inovadores e novas tendências alimentares; sistema de gestão de prioridade rural; plataforma integradora de sistemas, soluções e dados; marketplaces e plataformas de negociação e venda de produtos agropecuários; e drones, máquinas e equipamentos.
Criação das startups
A pesquisa ainda apontou que a maioria das startups foram criadas a partir do ano de 2018 e que 70% delas foram fundadas a partir de 2017.
Os dados também destacaram que 40,4% dessa empresas possuem um faturamento anual de até R$ 81 mil e apenas 9,3% das agtechs superam receita de R$ 3,6 milhões, na qual nenhuma ultrapassa a marca de R$ 90 milhões.
Além disso, ficou evidenciado que do total de agetchs, 36,4% possui ao menos uma mulher em sua estrutura societária, sendo assim, um aumento na participação feminina que em 2022 ficou registrado em apenas 28,7%.