Brasil retomará exportação de carne bovina à Rússia após liberação do país europeu, que havia embargado os embarques desde 1º de março, por conta do caso de mal da “vaca louca” (encefalopatia espongiforme bovina), em touro de 9 anos de propriedade no Pará, que foi considerado atípico e isolado. A informação foi confirmada na sexta-feira (7), pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).
Diferente da forma clássica da doença, a atípica é de ocorrência natural e espontânea nos bovinos e não representa risco à saúde pública e não justifica restrições à importação, segundo diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca. Mesmo assim, por conta disso, a Rússia suspendeu importação de carne bovina de animais com idade maior que 30 meses de idade, que venham do Pará.
O Brasil exportou para a Rússia 24 mil toneladas de carne bovina em 2022, o que somou cerca de US$ 165 milhões.
- Tecnologia: Embrapa desenvolve sistema de identificação animal de baixo custo para pecuária
Retomada de exportação de carne bovina à China
A exportação brasileira de carne bovina para a China, que é o principal comprador da proteína do Brasil, foi retomada no dia 24 de março, também após embargo de um mês imposto por conta do mesmo caso de mal da “vaca louca”.
A doença da Vaca Louca
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”) foi registrada no dia 22 de fevereiro, em um touro de 9 anos, idade considerada avançada para bovinos, criado em pasto em uma pequena propriedade rural, no município de Marabá no Estado do Pará, que tem cerca de 160 cabeças de gado.
Após a confirmação do caso, o animal foi abatido e sua carcaça incinerada na fazenda, que foi interditada em caráter preventivo pelo governo do Estado do Pará.
Em nota oficial no dia 2 de março, o Mapa anunciou que o resultado da análise do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), confirmou que o caso de ‘vaca louca’, era atípico tipo H.
A doença é degenerativa, crônica e fatal que afeta o Sistema Nervoso Central de bovinos e bubalinos, além de ovelhas e cabras, causando desordens de comportamento, como: agressividade, ranger de dentes e falta de coordenação motora e dificuldade de se levantar. O animal afetado deixa de se alimentar e rapidamente perde condição corporal.
*Com informações da Agência Brasil