O Brasil obteve a autorização para exportar farinhas de aves e suínos a partir de 46 estabelecimentos habilitados para o mercado chinês.
A medida representa um novo passo na relação comercial com o principal parceiro agropecuário do país e deve beneficiar o setor de reciclagem de resíduos de origem animal.
Autorização para exportar farinhas de aves

A liberação ocorre após a assinatura de um protocolo sanitário entre Brasil e China, em abril de 2023. O processo incluiu auditorias presenciais realizadas pela Administração Geral das Alfândegas da China (GACC), além da definição conjunta de um modelo de certificado sanitário.
Além das unidades voltadas à produção de farinhas de aves e suínos, outros quatro estabelecimentos de farinha de pescado também foram autorizados.
A lista contempla empresas com diferentes perfis de produção, ampliando o número de plantas aptas a atender as exigências do mercado chinês.
A habilitação é resultado da atuação coordenada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Adidância Agrícola e a Embaixada do Brasil em Pequim, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e representantes do setor privado.
Exportações

A China segue como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro. Apenas em 2024, o país asiático comprou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do setor.
No segmento específico de farinhas de miudezas, que agora inclui as de aves e suínos, as importações chinesas ultrapassaram US$ 304 milhões no ano.
A exportação dessas farinhas também está ligada a práticas de reaproveitamento de resíduos da agropecuária, contribuindo para o uso mais eficiente de subprodutos e para a inserção do Brasil em mercados que valorizam a economia circular.