A colheita de trigo no Brasil está em pleno vapor, todavia os preços para comercialização da safra se encontram inflexíveis. Isso porque com o valor do dólar acima dos R$ 5,60 e os preços no mercado internacional em alta, o produtor rural mostra-se irredutível nas cotações do trigo brasileiro.
No Paraná, o valor de mercado, do trigo tipo 01, se encontra na casa dos R$ 1.700 reais por tonelada. No mês passado, era possível encontrar a tonelada do cereal por menos de R$ 1.500 reais. Já no início do mês de novembro, era possível encontrar a tonelada entre R$1.600 e R$ 1.650 reais.
De acordo com o analista, Élcio Bento, da Safras & Mercado, essa instabilidade e aumento nos preços representa uma disputa entre vendedores e compradores, onde a vantagem é do vendedor. Em Rio Grande do Sul, as tarifas estão entre os R$ 1.580 e R$ 1.600/tonelada. Diante disso, a análise feita é que “do lado comprador, existe uma heterogeneidade nas indicações dependendo do destino. Os moinhos locais estão na retaguarda esperando uma maior disponibilidade diante da colheita da maior safra da história no estado”.
Diante das afirmações do analista, pode-se perceber que o foco principal dos produtores rurais têm sido a exportação, onde o valor comercial da tonelada do trigo encontra-se entre os R$ 1.510 e R$ 1.530 reais em todo o Brasil. Segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita de trigo estava nos 58,6% até o último dia 30/10.
Média das plantações de trigo, em relação ao território, no Rio Grande do Sul têm crescido com o passar dos anos. Estima-se que nos últimos cinco anos, a colheita de trigo atingiu 65% da área. Na Argentina, por exemplo, a colheita do trigo atinge 10,5% da área do país.
Segundo informações da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a área destinada as plantações equivalem a 6,6 milhões de hectares, sendo a área apta para colheita de 6,523 milhões de hectares.
Trazendo os números para a equação, a ceifa atinge 682,043 mil hectares, acumulando assim 742,945 mil toneladas de trigo. Para esta safra, a expectativa é que sejam colhidos cerca de 19,8 milhões de toneladas.
Vale ressaltar que as lavouras argentinas estão sofrendo com um déficit hídrico, onde as plantas estão sendo segmentadas em três categorias. Boas, normais e ruins.
*Com informações do Portal Sucesso no Campo.