Em sete meses do Plano Safra 2023/24, de julho de 2023 até janeiro de 2024, foram aplicados R$ 270,9 bilhões em crédito rural para os produtores, aumento de 16% com relação ao mesmo período da safra passada.
Os financiamentos de custeio tiveram a maior aplicação com R$ 152 bilhões. Já as linhas de investimentos chegaram a R$ 62 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 33 bilhões e as de industrialização, R$ 24 bilhões.
Crédito rural aplicado pelo Plano Safra 2023/24
A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informa que foram realizados 1.369.816 contratos em sete meses do ano agrícola, sendo 1.018.946 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 135.378 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural). Os demais produtores formalizaram 215.492 contratos, correspondendo a R$ 194,8 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.
O total de R$ 271 bilhões corresponde a 62% do montante que foi programado para a atual safra para todos os produtores, pequenos, médios e grandes, que é de R$ 435,8 bilhões.
Na agricultura empresarial, médios e grandes agricultores, a aplicação do crédito rural atingiu R$ 232 bilhões no período, correspondendo a uma alta de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor significa 64% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.
Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas para finalidades de custeio, investimento, comercialização e industrialização foram, respectivamente, de quase R$ 39 bilhões no Pronaf e de R$ 37,2 bilhões no Pronamp.
Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) teve contratações de R$ 1,6 bilhão, alta de 19% em relação a igual período na safra anterior. E os financiamentos para o Pronamp alcançaram R$ 3,7 bilhões, alta de 97%.
Recursos equalizáveis e outras fontes
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 12,7 bilhões, significando um aumento de 332% em relação a igual período da safra anterior, sinalizando uma maior utilização dessa fonte, colocados à disposição pelas instituições financeiras para equalização dentro do Plano Safra.
A contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA Livre) para o funding do crédito rural, que respondeu por 49% do total das aplicações da agricultura empresarial nos primeiros sete meses da safra atual, se situando em R$ 112,5 bilhões, com aumento de 118% em relação a igual período da safra passada, quando essa fonte representou 26% (R$ 51,6 bilhões).